postado em 31/08/2014 00:12 / atualizado em 31/08/2014 09:03
Pedro Lida, descendente de japoneses, n�o sabe se poder� investir em uma planta��o de bananas por causa da seca em Pirapora (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
A estiagem que gera desemprego e queda nos lucros � a mesma que frea investimentos ao longo do percurso do Rio S�o Francisco. Pedro Iida, descendente de japoneses e dono de 150 hectares de terra na �rea rural de Pirapora, adquiriu mais 50 hectares com objetivo de ampliar a safra de bananas. “N�o tenho como investir, porque n�o sei se teremos �gua para irrigar a planta��o. Como a produ��o de banana necessita de um funcion�rio para cada tr�s hectares, deixei de gerar 15 empregos diretos, sem falar nos indiretos. D� d� ver o rio nesta situa��o.”
O sentimento dele � o mesmo de Alice Maria, a mulher que diariamente mede o volume do rio. Moradora de Bom Jesus da Lapa, no sert�o baiano, ela � funcion�ria de uma empresa que presta servi�o para a Ag�ncia Nacional de �guas (ANA). Sua casa fica a poucos metros da margem oposta ao santu�rio da cidade, o mais visitado do pa�s depois de Aparecida (SP) e Juazeiro do Norte (CE). Hoje, no anivers�rio da cidade, ela e boa parte dos moradores v�o ao santu�rio pedir “ao Bom Jesus” um presente ao S�o Francisco, o rio: que o leito do Velho Chico volte ao normal.