Gerdau critica uso de estatais de capital aberto

Pr�ximo ao governo Dilma Rousseff, � frente da C�mara de Pol�ticas de Gest�o, Desempenho e Competitividade, o empres�rio Jorge Gerdau Johannpeter criticou nesta quinta-feira, 2, publicamente o uso de companhias estatais de capital aberto como instrumento de implementa��o de pol�ticas de governo.

Ao tratar do tema governan�a corporativa em palestra na 39ª Confer�ncia Anual da Iosco, no Rio, ele mencionou que h� hoje interesses distintos de acionistas minorit�rios e controladores nas companhias estatais no pa�s. Segundo ele, o conflito entre pol�ticas de governo e os interesses das empresas trazem "consequ�ncias terr�veis sobre o mercado de capitais". O acionista, avalia, deve ser esclarecido.

"Deveria ser exig�ncia quando uma empresa estatal vai ao mercado de capitais (dizer) se essa empresa vai seguir regras de mercado ou vai se subordinar aos interesses do controlador que imp�e as suas regras, aos interesses de pol�ticas de governo", disse, mencionando as companhias do setor el�trico como exemplo. Ele pediu a aten��o da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) sobre o tema.

Gerdau tamb�m atacou a falta de governan�a no setor p�blico. Para o empres�rio existe um avan�o na implementa��o da governan�a no setor privado brasileiro, mas n�o h� debate sobre o tema no m�dio e longo prazos na esfera governamental, que gere 40% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o executivo o tema preocupa porque a efici�ncia final do setor privado depende da governan�a p�blica.

"A governan�a � pe�a chave. Mas onde h� a maior car�ncia de governan�a hoje? Na �rea governamental. O temor da morte faz a gente olhar para a frente porque a empresa morre se n�o tiver planejamento estrat�gico. O temor da morte no governo n�o existe", afirmou.