O economista-chefe do Credit Agricole, Vladimir Caramaschi, avalia que o triunvirato que conduzir� a economia brasileira no segundo mandato da presidente Dilma foi o "melhor arranjo" dentro dos nomes que eram politicamente vi�veis. Segundo ele, o mercado n�o tem d�vida da capacidade de Levy para assumir o Minist�rio da Fazenda e implantar o ajuste fiscal necess�rio, desde que ele tenha as condi��es pol�ticas necess�rias. Para o economista, contudo, o potencial de conflito entre ele e Dilma ou entre Levy e Nelson Barbosa, que assumir� o Minist�rio do Planejamento, existe, e "todo mundo sabe disso".
De acordo com ele, soma-se a esses fatores o potencial de crise pol�tica dos esc�ndalos de corrup��o na Petrobras. "Ningu�m sabe a dimens�o, o dano, nem qual o impacto que isso pode ter na quest�o fiscal, mas n�o est� fora das possibilidades que as coisas acabem se cruzando em algum momento, e isso poder� dificultar a vida de quem est� conduzindo a economia", explicou.
Caramaschi afirmou que, apesar das incertezas, o governo ganha um "respiro" do ponto de vista de expectativa com a nomea��o de Joaquim Levy. Ele ponderou, no entanto, que o real impacto para a credibilidade da economia vai depender dos nomes dos outros integrantes da equipe econ�mica e do pacote de ajuste a ser anunciado.
"Os nomes podem dar um g�s de bom humor", afirmou, destacando que rumores de que o atual diretor de Pol�tica do Banco Central, Carlos Hamilton, poder� ser indicado para o Tesouro Nacional em substitui��o a Arno Augustin, t�m sido bem aceitos pelo mercado. O economista afirmou que a confirma��o da manuten��o de Tombini na presid�ncia do BC foi vista com neutralidade. "Ele n�o � um nome que chega a empolgar, mas � aceito pelo mercado, assim como Barbosa", afirmou, ponderando que, apesar de, a princ�pio, o mercado ter restri��o � vis�o desenvolvimentista de Barbosa, ele � bem aceito pelo discurso em defesa do ajuste fiscal.