S�o Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal s�o as unidades da Federa��o mais competitivas para o agroneg�cio, revelou levantamento divulgado hoje pela Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA). Pela primeira vez, a entidade apresentou um ranking estadual para medir o ambiente de neg�cios dos produtores rurais.
Chamado de �ndice de Competitividade do Agroneg�cio, o indicador varia de 0 (menos competitivo) a 1 (mais competitivo) e baseia-se em seis quesitos: infraestrutura, educa��o, sa�de, ambiente macroecon�mico, inova��o e mercado de trabalho. A nota final baseia-se na m�dia aritm�tica dos seis indicadores.
Com nota 0,752, S�o Paulo destacou-se por causa da infraestrutura, com rodovias em bom estado e o maior porto da Am�rica Latina, em Santos. “S�o Paulo ficou entre os primeiros lugares na maioria das �reas analisadas, mas o estado ficou muito � frente dos demais na nota de infraestrutura”, explicou o coordenador do estudo, Marcelo de �vila. O estado tamb�m liderou o ranking de ambiente macroecon�mico.
Maior produtor de soja e de milho do pa�s, Mato Grosso ficou em d�cimo lugar, com nota 0,425. De acordo com �vila, o estado foi prejudicado justamente pela car�ncia de infraestrutura. “Mato Grosso ocupou o primeiro lugar na produtividade agr�cola e o segundo em ambiente macroecon�mico, mas perde competitividade � medida que a produ��o � escoada para fora do estado”, disse �vila.
Com nota 0,611, Santa Catarina conquistou o segundo lugar por causa da infraestrutura e da educa��o. Na infraestrutura, o estado destacou-se por causa dos quatro portos mar�timos: Itaja�, Navegantes, S�o Francisco do Sul e Imbituba. O estado ficou em primeiro lugar no quesito educa��o, que mediu a taxa de aprova��o e de abandono nas escolas rurais, o analfabetismo rural e a distor��o entre idade e s�rie escolar na popula��o rural.
Apesar de notas intermedi�rias no ranking de infraestrutura, de educa��o e de ambiente macroecon�mico, o Distrito Federal conquistou o terceiro lugar, com nota 0,608, por ter conquistado a lideran�a em inova��o e sa�de. O coordenador do estudo explicou, no entanto, que a popula��o pequena em rela��o a outras unidades da Federa��o beneficiou o DF no quesito inova��o, na hora de dividirem o valor investido em bolsas de estudo e o n�mero de patentes pelo n�mero de habitantes.
Segundo �vila, o estudo levou em conta apenas dados oficiais de 2011, �ltimo ano em que os indicadores para as seis �reas pesquisadas estavam dispon�veis. A CNA pretende atualizar o �ndice de competitividade do agroneg�cio a cada ano. Dessa forma, o indicador de 2015 ser� baseado em n�meros oficiais de 2012. Uma defasagem, portanto, de tr�s anos.
Na ponta oposta, Alagoas (0,229), Sergipe (0,225) e Amap� (0,207) ocupam os �ltimos lugares da lista. “O �ndice de competitividade por estados � importante porque possibilita o desenho de pol�ticas p�blicas. O conhecimento das vantagens e dos problemas em cada estado permite que a CNA consiga sugerir iniciativas para melhorar a competitividade do agroneg�cio”, explicou o coordenador do estudo.
A CNA tamb�m divulgou, pela primeira vez, um �ndice da qualidade das moradias rurais em todo o pa�s. S�o Paulo (nota 0,814), Distrito Federal (0,804) e Santa Catarina (0,771) lideraram o ranking. As piores notas ficaram com Amap� (0,548), Acre (0,502) e Amazonas (0,496). O indicador levou em conta o material usado na constru��o do domic�lio, o acesso a servi�os p�blicos – �gua encanada, coleta de lixo, energia el�trica e esgoto – e a presen�a de 12 bens essenciais, como telefone, fog�o, geladeira e filtro de �gua.