O ex-diretor do Banco Central e hoje s�cio da Divitia Investimentos Sergio Werlang avaliou nesta segunda-feira, ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, que o discurso do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na cerim�nia de transmiss�o de cargo, foi "bastante positivo e sereno". "O ministro deu �nfase muito importante sobre a necessidade do ajuste fiscal. Ele deixou claro que a pol�tica de gest�o das contas p�blicas do governo mudou", comentou.
"Foi tamb�m bem relevante o foco dedicado a maior transpar�ncia e estabilidade de regras. Colocada em pr�tica essa nova pol�tica fiscal, isso vai estimular investimentos privados e p�blicos j� no final deste ano", destacou Werlang.
Para ele, a mudan�a de postura do governo, ao buscar maior austeridade fiscal e harmonia entre a din�mica das receitas com a das despesas, dever� permitir que seja alcan�ada a meta de super�vit prim�rio de 1,2% do PIB em 2015. "Neste contexto, com ajuste fiscal, n�o acredito que o Brasil perder� grau de investimento no curto e m�dio prazos", ponderou.
Na avalia��o do ex-diretor do BC, o ajuste fiscal que o governo realizar� vai se basear na redu��o de gastos correntes, mas tamb�m na diminui��o de desonera��es tribut�rias, que para especialistas deve ter alcan�ado um total ao redor de R$ 90 bilh�es em 2014. "A corre��o fiscal deve gerar resultados j� no come�o do segundo semestre e ter� efeitos em pre�os de ativos financeiros, especialmente juros futuros e c�mbio", acrescentou.
Werlang avalia que o desempenho da economia em 2015 ser� mais favor�vel do que no ano passado, sobretudo porque dever� apresentar um crescimento ao redor de 1%. J� o c�mbio deve atingir uma cota��o entre R$ 2,60 e R$ 2,80 em dezembro.