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Estado de Minas

Copom pode sinalizar impacto da crise energ�tica sobre a infla��o, diz economista


postado em 20/01/2015 14:19 / atualizado em 20/01/2015 14:23

O economista Marcelo Castello Branco, da Saga Investimentos, espera que o Banco Central d� alguma "pista" no comunicado da reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), que come�a nesta ter�a-feira, e termina na quarta-feira, de como a autoridade monet�ria est� enxergando esse novo cen�rio de press�o inflacion�ria, em raz�o do agravamento da situa��o energ�tica que se desenha neste momento. "E principalmente na ata", disse, ao referir-se ao documento da reuni�o do Copom, que ser� divulgado na quinta-feira.

A despeito dessa expectativa, o economista acredita que dificilmente o Banco Central estender� o atual ciclo de aumento de juros para al�m do encontro de mar�o, ainda que tenha um cen�rio de maior deteriora��o no setor de energia e consequente influ�ncia nos pre�os.



Ele relembrou o per�odo de racionamento energ�tico, em 2001, quando, diz, o BC precisou subir os juros para combater os efeitos de segunda ordem do choque inflacion�rio, de menos crescimento e press�o inflacion�ria. "Isso � muito diferente da hist�ria que se ensaia hoje. Com este BC � muito mais razo�vel esperar que ele diga que este choque � de crescimento e, consequentemente, (na vis�o dele) n�o precisamos subir tanto os juros. Na minha vis�o essa ideia � errada, mas � poss�vel que tenhamos de conviver com ela nos pr�ximos dias", avaliou. Para a Saga, o BC deve subir a Selic para 12,25% nesta reuni�o de janeiro e promover mais um aumento de 0,25 ponto porcentual, com a Selic fechando 2015 em 12,50%.

Castello Branco tamb�m concorda com a ideia de que o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) j� est� dado e ser� elevado, podendo fechar acima de 7,00% em 2015. Segundo ele, o argumento que parece que vem sendo constru�do, "principalmente pela m�dia", � o de que n�o importa como ficar� a infla��o deste ano, mas sim em 2016, "como se a infla��o de um ano n�o conversasse com a de outro." Segundo ele, como deve ser alta, n�o importa qual ser� a taxa do IPCA de 2015. "A d�vida que fica s�o para os pr�ximos anos, o quanto fica de in�rcia. N�o faz diferen�a quanto ser� a infla��o deste ano. Tanto que o argumento do Tombini (Alexandre Tombini, presidente do BC) � convergir a infla��o para o centro da meta (de 4,50%) em 2016", avaliou.

Para o economista, os efeitos de uma eventual deteriora��o no setor de energia � contracionista para a atividade como um todo, mas tamb�m pode ter efeitos inflacion�rios. "Do ponto de vista da infla��o, pode-se at� querer discutir o assunto, mas n�o tem como fugir muito do livro texto. O choque de energia � claramente negativo para o crescimento econ�mico e aumenta a infla��o", afirmou.

Ele explicou que, � medida que h� uma restri��o energ�tica, os pre�os do insumo podem subir e toda a cadeia de valor da economia tende a captar o aumento. "Vai estar trabalhando a n�veis menores, mas com pre�os mais altos. Por isso � que � um choque claramente negativo para os dois lados", argumentou.


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