(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Petrobras vai manter gasolina cara para recompor seu caixa

Atualmente, a gasolina no Brasil est� cerca de 70% mais cara que em outros pa�ses


postado em 20/01/2015 19:19 / atualizado em 20/01/2015 19:29

Apesar do aumento do custo de importa��o de diesel e da gasolina, com a alta das al�quotas de PIS/Cofins, a Petrobras deve manter a estrat�gia de recomposi��o de caixa diante da defasagem positiva de pre�os no mercado dom�stico frente ao exterior.

Atualmente, a gasolina no Brasil est� cerca de 70% mais cara que em outros pa�ses. Essa margem, avaliam analistas, garante a gera��o de receitas para o financiamento das opera��es da companhia, revertendo perdas de receitas acumuladas h� quatro anos.

"O governo empurrou para o consumidor pagar a conta dos impostos e pela recomposi��o de caixa da Petrobras. Estamos caminhando para ter a gasolina mais cara do mundo", avaliou o consultor Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie). "A gasolina cara serve para reverter os erros do governo na pol�tica de controle de pre�os da estatal", completou.

A al�quota do PIS/Cofins para produtos importados passar� dos atuais 9,25% para 11,75%, conforme decis�o do Minist�rio da Fazenda. Tamb�m haver� a volta da cobran�a da Cide, dentro de 90 dias, que incide diretamente sobre o pre�o cobrado nas bombas.

A decis�o da Petrobras de repassar esses custos diretamente aos consumidores, evitar� que a estatal reduza suas margens de ganhos com a alta defasagem.


A estimativa de analistas de mercado � que a companhia tenha perdido R$ 60 bilh�es em receitas no per�odo. "(Mesmo que pague mais pelo combust�vel que importa) a Petrobras est� confort�vel, ela continua recompondo as margens de lucro com o combust�vel sendo vendido mais caro aqui do que l� fora", afirmou Jos� Augusto de Castro, presidente da Associa��o de Com�rcio Exterior do Brasil (AEB).

O impacto sobre o custo de importa��o tamb�m n�o tira a atratividade das opera��es de compra no exterior do petr�leo para abastecimento interno por parte de distribuidoras estrangeiras, interessadas em competir com a Petrobras no mercado brasileiro. Algumas empresas j� avaliam as condi��es log�sticas e realizam novos pedidos de importa��o.

"O encarecimento do custo de importa��o recai tanto para a estatal quanto para outras distribuidoras. Economicamente, � vantajoso importar pelo tamanho da defasagem no Brasil, mas h� limita��es, principalmente quanto � capacidade log�stica dos terminais", explicou o diretor do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combust�veis e de Lubrificantes (Sindicom), Al�zio Vaz.

Al�m da baixa capacidade para receber o petr�leo importado, a maior parte dos terminais s�o operados pela Petrobras. Na avalia��o do consultor Adriano Pires, a estatal atua de maneira monopolista no setor e n�o mudar� essa posi��o. "A maior importadora continuar� sendo a Petrobras", comentou Pires.

Para Al�zio Vaz, a decis�o da Petrobras de repassar integralmente os pre�os poder� provocar uma corrida de encomendas dos postos de combust�veis �s distribuidoras. "Os postos v�o querer chegar no dia 1º com o tanque cheio para ampliar suas receitas", avaliou.

O executivo do Sindicom afirmou ainda que o maior benefici�rio das novas medidas � o etanol hidratado, que ganhar� competitividade frente � gasolina. H� expectativa de aumento da mistura de etanol, que pode chegar a 27% nos pr�ximos meses, gerando uma demanda adicional de 1,2 bilh�es de litros. "Essa � uma medida que antecipa uma resposta sobre a pol�tica do governo para o etanol. O setor ser� o maior benefici�rio, pois o produto ganhar� competitividade", concluiu.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)