A Am�rica Latina deve ter um novo ano de crescimento abaixo da m�dia, com fatores externos e problemas dom�sticos afetando negativamente a atividade em v�rios pa�ses, avalia o diretor do Departamento para o Hemisf�rio Ocidental do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Alejandro Werner.
Werner destaca que normalmente o in�cio de um ano � marcado por uma dose de otimismo. Mas o come�o de 2015 para a Am�rica Latina, ao contr�rio, � marcado por uma s�rie de preocupa��es e as previs�es de crescimento para a regi�o foram agora revisadas para baixo pelo FMI.
Depois de crescer 1,2% em 2014, a previs�o do FMI � de que a expans�o n�o se acelere muito este ano, ficando em 1,3%. O pior desempenho na regi�o deve ficar com a Venezuela, que deve encolher 7% por causa da queda do petr�leo. Em outubro, quando divulgou um relat�rio de previs�es, o FMI esperava que a Am�rica Latina fosse crescer 2,2% este ano.
A redu��o do pre�o do petr�leo deve ter, no geral, um impacto neutro para a regi�o como um todo, destaca Werner. Mas alguns pa�ses, principalmente Venezuela e Equador, ser�o duramente afetados. J� para o M�xico, que � exportador da commodity, a queda deve ter impacto limitado, pois o setor de petr�leo tem um papel relativamente modesto na economia, destaca Werner. Al�m disso, o pa�s deve se beneficiar da maior expans�o esperada pelos Estados Unidos este ano.
Os pre�os do petr�leo mais baixos v�o aliviar as press�es inflacion�rias e as vulnerabilidades externas em alguns pa�ses, ressalta o diretor do FMI. Na Am�rica do Sul, a queda dos pre�os de outras commodities, sobretudo agr�colas e minerais, deve seguir afetando negativamente a regi�o.
Em meio ao cen�rio mais desafiador, Werner refor�ou a necessidade de os governos da Am�rica Latina resolverem gargalos em infraestrutura, como uma forma de estimular a atividade econ�mica.