
Em meio a um ajuste fiscal j� estimado em R$ 45,8 bilh�es, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o modelo do seguro-desemprego est� "completamente ultrapassado". A afirma��o foi dada em entrevista ao jornal brit�nico Financial Times durante o F�rum Econ�mico Mundial em Davos, na Su��a. Levy utilizou o benef�cio como exemplo para defender a necessidade de cortes e reformas em diversas �reas. Entretanto, ele fez quest�o de refor�ar que o Bolsa Fam�lia n�o ser� atingido.
"O mundo est� mudando e � hora do Brasil mudar", afirmou o ministro, acrescentando que as pol�ticas antic�clicas t�m limite, "especialmente quando voc� v� que as duas maiores economias do mundo (EUA e China) est�o tamb�m mudando sua postura".
Para Levy, o pa�s precisa de reformas estruturais mais do que de est�mulos: "Assim que pusermos a casa em ordem, a rea��o ser� positiva", defendeu. Em mar�o, novas regras para a obten��o do seguro-desemprego passam a valer e podem restringir o acesso de mais de 2 milh�es de trabalhadores, segundo c�lculo do Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE).
O jornal ainda destaca que h� d�vidas se o ministro da Fazenda receber� apoio inequ�voco da presidente Dilma Rousseff, conhecida por seu perfil intervencionista. Levy rebateu a afirma��o: "a presidente Dilma � uma pessoa muito decidida e entende as escolhas". Ele acrescentou dizendo que "n�o est� sozinho no governo."
Zona do euro
Em outra entrevista, � ag�ncia Dow Jones, o ministro afirmou que o movimento do Banco Central Europeu (BCE) para iniciar um programa de relaxamento quantitativo pode estimular o investimento no Brasil e aumentar a demanda por exporta��es brasileiras.