Davos – As medidas adotadas pelo governo brasileiro na �rea econ�mica tentam reconstruir a economia para permitir a volta do investimento. A explica��o foi dada ontem pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aos participantes do F�rum Econ�mico Mundial, em Davos, na Su��a. Aos presentes no painel ‘A perspectiva da economia global’, Levy disse que a confian�a no Brasil diminuiu no ano passado devido �s elei��es para presidente, o que provocou incertezas.
“Com as elei��es, decidimos mudar. A presidente est� decidida a tomar algumas medidas para refor�ar o investimento”, afirmou o ministro, ao comentar que o crescimento recente do Brasil foi mais ligado ao consumo e o pa�s tenta, agora mudar em dire��o � cria��o de demanda pelos investimentos. “Para ter investimento, precisamos de confian�a, de certeza. Ent�o, tomamos medidas para aumentar a confian�a na economia”, afirmou.
O aumento do volume de investimentos perseguido pela equipe econ�mica n�o diz respeito apenas os projetos da iniciativa privada, envolvendo a compra de m�quinas e equipamentos. A decis�o do governo � de buscar recursos para infraestrutura, a partir da regula��o que o pa�s j� disp�e sobre a parceria p�blico-privada (PPP). “Estamos confiantes de que podemos ir nessa dire��o. Isso vai nos permitir continuar com as melhorias da educa��o e da qualifica��o do trabalhador. Temos uma popula��o jovem e dobramos a popula��o universit�ria. Isso ajuda a aumentar o potencial de crescimento”, disse Levy.
Durante o painel, o ministro reafirmou o apoio �s reformas estruturais no Brasil, com a avalia��o de que a ado��o de reformas respalda condi��es de crescimento sustent�vel na economia. Ele citou como exemplo espec�fico o sistema tribut�rio. Para Levy, mudan�as econ�micas geram efeito r�pido no Brasil. “Se voc� agir r�pido, voc� ter� resposta r�pida. Os empreendedores, por exemplo, reagem muito rapidamente”, disse, ao comentar que a economia brasileira � "muito �gil”. A palestra foi proferida no �ltimo dia do f�rum, que teve in�cio na quarta-feira. O evento anual re�ne as principais lideran�as empresariais e pol�ticas do mundo.
Rea��o mundial A redu��o dos pre�os do petr�leo e as enormes emiss�es de dinheiro anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) foram destacadas pelos palestrantes no f�rum como fatores positivos para o crescimento mundial. As duas novidades abrem espa�o para maior investimento, comentou o vice-diretor-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), o economista chin�s Min Zhu. O dirigente do FMI insistiu na import�ncia da atra��o de investimentos produtivos maiores tanto na Europa quanto em v�rias economias emergentes, inclu�da a brasileira. O vigor da economia americana, a maior do mundo, e da China foi igualmente apontado como um motivo de otimismo.