Ap�s 12 anos, a C&A, maior rede varejista de moda do Pa�s, volta ao com�rcio eletr�nico. O site entra no ar a partir das 12 horas de hoje, com o mesmo portf�lio de produtos comercializados nas 290 lojas f�sicas da rede. O retorno da varejista ao mundo online atende � demanda do consumidor, especialmente do p�blico jovem, que � o alvo da empresa.
Em 2003, quando a companhia encerrou a opera��o de com�rcio eletr�nico, o cen�rio era muito diferente do atual. "Naquela �poca, o mercado era incipiente e o varejo de moda n�o era t�o interessante na internet", lembra o vice-presidente comercial da C&A, Paulo Correa. Pesquisas de mercado indicam que o varejo de moda � o segmento que mais cresce hoje no com�rcio online. Al�m disso, concorrentes da varejista, como Renner e Marisa, j� atuam nesse segmento, sem contar o avan�o de sites internacionais, como os chineses.
A empresa n�o revela as cifras investidas e muito menos a expectativa de vendas. "Rapidamente, o faturamento do nosso com�rcio eletr�nico ser� equivalente ao das primeiras lojas da rede f�sica, quem sabe (a loja online) n�o ser� a primeira." Desde abril de 2014, a empresa vem desenhando o projeto da loja virtual. "Testamos o site com associados, com o nosso conselho fashion e com empresas parceiras", conta Correa.
Ele explica que a loja virtual n�o s� vender� produtos, como tamb�m dar� dicas de moda, servi�o que j� vinha sendo prestado nos �ltimos dois anos no blog da rede, que tem 1 milh�o de acesso por m�s, sem comercializar nada. Ele acredita que o site deve superar essa marca de acessos. Nas lojas espalhadas por quase todos os Estados - s� falta o Tocantins- circulam 30 milh�es de pessoas por m�s.
Integra��o
O modelo de neg�cio escolhido pela C&A em sua loja virtual � integrado � opera��o da rede de lojas f�sicas. O vice-presidente comercial da empresa explica que tanto as compras como os centros de distribui��o s�o os mesmos para a opera��o da loja virtual e do varejo tradicional. O que muda � a distribui��o: para a loja s�o entregues lotes de produtos e para o com�rcio online unidades. "O resto ser� tudo junto e misturado", diz Correa.
Essa integra��o da opera��o f�sica com a loja virtual vai permitir, por exemplo, que o consumidor que compra o produto pela internet possa troc�-lo na loja f�sica. Na opini�o do consultor de varejo da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Eug�nio Foganholo, esse � um dos pulos do gato da opera��o. "A possibilidade de troca pode acabar gerando outra venda na loja f�sica", observa o consultor.
A estrat�gia da empresa pode ser comparada � de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia. Os produtos vendidos no carn� tinham de ser pagos todo m�s na loja, o que inevitavelmente resultava em outra venda. Na opini�o de Foganholo, a entrada da C&A no com�rcio eletr�nico era imperativa porque o p�blico da rede � predominantemente jovem. E esse consumidor est� superconectado a redes sociais, ao mundo virtual e n�o tem medo de comprar roupas em lojas online.
Correa destaca que a loja online vai vender cole��es assinadas por estilistas, estrat�gia adotada no Brasil desde 2005. No ano passado, uma das cole��es foi assinada por Stella McCartney. Esses itens, no entanto, n�o estavam dispon�veis em todas as lojas da rede. A inten��o da C&A � vender pela internet entregando em 4 dias �teis em S�o Paulo e em at� 9 dias em Estados mais distantes, como o Amazonas. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.