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Estado de Minas

Estiagem encarece pre�o de sacol�o e feiras


postado em 03/02/2015 06:00 / atualizado em 03/02/2015 07:41

Preço de um abacaxi pulou de R$ 4 para R$ 7, conta o feirante Carlos Magno, do Mercado Distrital do Cruzeiro(foto: BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)
Pre�o de um abacaxi pulou de R$ 4 para R$ 7, conta o feirante Carlos Magno, do Mercado Distrital do Cruzeiro (foto: BETO MAGALH�ES/EM/D.A PRESS)

A estiagem encareceu o pre�os em sacol�es e feiras. A batata, que at� cinco dias atr�s custava R$ 3,99, passou a custar R$ 4,99 o quilo. O quilo do tomate aumentou em m�dia R$ 2, passando de R$ 3,99 para R$ 5,99. O chuchu saltou de R$ 0,91 para R$ 4. O pre�o de um abacaxi saltou de R$ 4 para R$ 7. As verduras, al�m de caras, j� come�aram a sumir das prateleiras, porque, segundo comerciantes, est�o com m� qualidade. A situa��o, conforme especialistas, � justificada pela falta de �gua para irrigar planta��es, o que tem causado preju�zos no campo e na cidade.

A irriga��o, de acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), representa 55,98% da demanda de �gua no estado, mais do que o dobro do consumo humano (21,82%) e quatro vezes mais do que o uso industrial (13,34%). A �rea de uso de irriga��o em Minas � de 600 mil hectares. Ontem, a Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural de Minas Gerais (Emater) orientou produtores a usar sistemas 50% para mais econ�micos. “A grave estiagem aumentou a preocupa��o dos agricultores. Em muitos casos, a produ��o s� � poss�vel com irriga��o”, afirma o coordenador t�cnico de irriga��o e recursos h�dricos da Emater, Jo�o Carlos Guimar�es. Para economizar, a Emater orienta os produtores a usar sistemas de irriga��o adequados para cada tipo de cultura.

“A irriga��o localizada � a mais econ�mica. Ela � indicada na produ��o de hortali�as, frutas e caf�”, explica Jo�o Carlos. Nesse caso, pode ser de gotejamento ou microaspers�o. “� feita pr�xima ao p� da planta, aplicando �gua em pequenas quantidades. No caso do gotejamento, a �gua � disponibilizada por mangueiras, com pequenos furos, que ficam espa�adas pela lavoura, junto �s fileiras de plantas”, informa. Segundo, ele a economia chega a 50% em rela��o aos m�todos convencionais. J� o uso de microaspersores reduz a quantidade de �gua utilizada entre 25% e 30%.

Mas, para o produtor adotar esse sistema, pode ser mais caro. “O m�todo custa em m�dia R$ 12 mil por hectare, mas compensa porque, dependendo da cultura, h� rendimento de valor. O produtor, com a estiagem, tem perdido muito na produ��o”, afirma.

De acordo com o analista de agroneg�cio da Federa��o da Agricultura e da Pecu�ria de Minas Gerais (Faemg), Caio Coimbra, h� muito desperd�cio. “Cada produtor tem o seu limite de uso d’�gua, mas o agroneg�cio ainda n�o est� preparado para um racionamento”,diz.

PREJU�ZOS Com menos oferta de frutas e hortali�as no mercado, os pre�os est�o at� 60% mais caros. “O meu faturamento caiu 30%. O chuchu, por exemplo, custava para n�s, h� uma semana, R$ 10 a caixa com 20 quilos. Hoje (ontem), est� a R$ 60. T�o caro que nem trouxe para revender aqui”, conta o feirante Carlos Magno, da Horti Fruti Catatau, no Mercado do Cruzeiro: “Nunca tinha visto isso. Tive que dispensar tr�s funcion�rios e, se antes gastava R$ 20 mil comprando dos produtores, hoje gasto R$ 35 mil”.

Para a dona de casa Maria Aparecida Castro, as compras dobraram de pre�o. “As frutas est�o caras e as verduras muito ruins tamb�m. Gastava R$ 30 e passei a gastar R$ 60”, diz. Segundo o gerente do sacol�o Abastecer, Wesley Alexandre, falta qualidade: “J� n�o colocamos � venda couve, br�colis e coentro. Est� tudo caro e ruim demais”.


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