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Estado de Minas

Dados do Caged mostram n�vel de desemprego maior que o divulgado

Em oito setores, empregos est�o desacelerando ou em queda, o que contraria o discurso do governo


postado em 14/02/2015 00:12 / atualizado em 14/02/2015 07:16

Bras�lia – O discurso do governo de que, apesar do ritmo fraco da economia, os indicadores de emprego persistem em patamares ideais est� cada vez mais dif�cil de sustentar. Levantamento com dados dessazonalizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que, dos oito setores considerados pelo Minist�rio do Trabalho (extra��o mineral, ind�stria de transforma��o, servi�os industriais de utilidade p�blica, constru��o civil, com�rcio, administra��o p�blica, servi�os e agropecu�ria), todos est�o desacelerando ou em queda. Na constru��o civil, as demiss�es ocorrem h� 10 meses consecutivos e na ind�stria a gera��o de empregos � negativa desde abril de 2014.

O estudo foi feito pelo economista F�bio Bentes, da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) a pedido do Estado de Minas. “A hist�ria n�o � bem do jeito que o governo conta”, garante. O Pal�cio do Planalto se baseia no c�lculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica(IBGE), que considera a quantidade de pessoas que est�o procurando emprego e n�o conseguem. “A remunera��o est� t�o deteriorada que as pessoas preferem, em vez de ficar cinco anos numa empresa, sair do mercado de trabalho e se qualificar. Isso acontece principalmente com os jovens, que, por isso, n�o entram na estat�stica do governo”, pondera.

Com s�rios problemas de confian�a, a ind�stria � a que mais sente a crise. Cheios de incertezas, os empres�rios n�o investem, a produ��o cai e, naturalmente, as demiss�es ocorrem. Desde abril, descontados os fatores sazonais, o �nico m�s em que n�o houve demiss�es na ind�stria, fora do esperado para a �poca, foi em dezembro. Na avalia��o do economista e especialista em mercado de trabalho da Tend�ncias Consultoria Rafael Bacciotti, a queda na produ��o e nas vendas de bens de capital e de autom�veis tem sido um desafio para o setor industrial. “A recomposi��o de impostos sobre ve�culos e a queda na exporta��o para a Argentina t�m prejudicado o desempenho das montadoras de carros, caminh�es e motocicletas”, diz.

Nem mesmo os setores de com�rcio e servi�os, os �ltimos a serem afetados, respondem bem. No segundo semestre de 2014, 59,7 mil pessoas foram contratadas no com�rcio, 58,5% a menos do que no mesmo per�odo de 2013, quando 144 mil brasileiros ingressaram no mercado de trabalho nessa �rea, considerando os dados dessazonalizados. “Com�rcio e servi�o s�o setores empregadores e est�o com os piores n�meros de gera��o de dados da s�rie hist�rica. A maioria dos setores ou j� estava no vermelho, ou est� criando vagas num ritmo muito mais fraco do que nos �ltimos anos”, observa Bentes, da CNC.

Proje��o A perspectiva dos economistas � que a situa��o piore em 2015, a ponto de nem mesmo os dados do IBGE, utilizados pelo governo, conseguirem mascarar a degrada��o do emprego, utilizado como t�bua de salva��o pela presidente Dilma Rousseff. “Estamos em um per�odo de ajustes. O Minist�rio da Fazenda corta gastos, aumenta impostos e n�o temos um ambiente prop�cio para aumento de investimentos. A tend�ncia natural � a demiss�o. Sazonalmente, j� n�o temos um movimento de admiss�o no in�cio do ano e temos uma curva de desacelera��o que vem dos meses anteriores. � uma combina��o perversa”, argumenta o professor Newton Marques, especialista em macroeconomia da Universidade de Bras�lia (UnB). A expectativa dos economistas � de que sejam criados, neste ano, 110 mil postos de trabalho. Em 2014, 397 mil empregos foram gerados.


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