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Estado de Minas

Nem mesmo eventual socorro do governo fez Moody's manter rating da Petrobras


postado em 25/02/2015 19:19 / atualizado em 25/02/2015 19:27

A situa��o financeira da Petrobras � t�o preocupante, na vis�o da ag�ncia de classifica��o de risco Moody's, que nem mesmo a grande probabilidade de o governo socorrer a estatal em caso de sufoco foi suficiente para manter o grau de investimento da companhia.

Nesta quarta-feira, dia seguinte ao rebaixamento da nota, a ag�ncia explicou que leva em conta a poss�vel ajuda do governo e reconhece os esfor�os da estatal para divulgar seu balan�o financeiro auditado, mas nada disso esconde o fato de que o risco de investir na estatal est� aumentando.

"A gente est� dizendo que est� aumentando o risco", afirmou Nymia Almeida, analista s�nior da Moody's para o setor de petr�leo e g�s, antes das declara��es da presidente Dilma Rousseff, que disse ontem que faltou conhecimento da ag�ncia ao decidir pelo rebaixamento.

A analista resumiu assim os problemas da estatal que assustam investidores, brasileiros e estrangeiros: "A Petrobras n�o est� conseguindo entregar o balan�o financeiro, n�o temos clareza com rela��o � entrega (do balan�o) na data correta, n�o sabemos o que ela est� fazendo a respeito de conseguir mais tempo ainda ou de pedir ajuda ao principal acionista (o governo)".


A divulga��o do balan�o em um prazo determinado � exig�ncia, prevista em contrato, de diversos empr�stimos contra�dos pela Petrobras, por meio de emiss�o de t�tulos, sobretudo no exterior. Essas cl�usulas s�o comuns e, em muitos casos, al�m da publica��o dos dados financeiros, h� a exig�ncia de os n�meros serem auditados por especialistas de fora das companhias.

A Petrobras n�o publica um balan�o trimestral auditado desde o ano passado. O resultado do terceiro trimestre foi adiado justamente porque a Price, auditoria externa contratada pela estatal, recusou-se a validar os dados, por causa das investiga��es sobre casos de corrup��o.

Apesar de todos os problemas, ao analisar o risco de companhias estatais, as ag�ncias levam em conta a possibilidade de ajuda do governo, controlador dessas empresas. A l�gica � simples: se um calote tornar-se de fato iminente, em �ltima inst�ncia, o governo pode usar recursos p�blicos, ou de d�vida p�blica, para pagar credores da estatal e, por isso, o risco � menor.

As ag�ncias de risco avaliam a probabilidade de isso ocorrer, levando em conta fatores como o tamanho da economia do pa�s, o caixa do governo e a import�ncia estrat�gica da estatal em apuros. Por isso, as estatais normalmente t�m duas notas, uma intr�nseca, em que se olha apenas a sa�de da empresa, e outra final, considerando a possibilidade de ajuda do governo.

Algumas ag�ncias equiparam a nota das estatais ao "rating" soberano, a nota atribu�da � d�vida p�blica. Na Moody's, o "rating" isolado da Petrobras foi rebaixado para B2, tr�s n�veis abaixo da nota do Brasil (Baa2, com vi�s negativo, ainda grau de investimento).

"Mesmo que o Pa�s seja 'investment grade', � muito dif�cil alcan�ar (o rating soberano). S� se fosse com uma garantia real de 100% da d�vida", afirmou.

Pelos c�lculos da Moody's, a d�vida total da Petrobras � de US$ 137 bilh�es. Descontada a d�vida com bancos p�blicos, o valor l�quido seria de US$ 110 bilh�es, montante que o governo precisaria garantir. Nymia destacou, entretanto, que h� outros tipos de ajuda - como continuar oferecendo cr�dito de institui��es p�blicas e fazer uma capitaliza��o para refor�ar o caixa - e o que importa � o apoio ocorrer no momento exato.


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