
Sem condi��es de absorver o aumento dos custos, por conta da alta do d�lar e das tarifas de energia, a ind�stria de massas, biscoitos, p�es e bolos vai reajustar os produtos em 8%, em m�dia, para o varejo. A medida deve ter um efeito cascata que vai alcan�ar o bolso dos consumidores. Isso porque, tamb�m pressionado por despesas cada vez mais elevadas, o com�rcio deve repassar o aumento dos derivados de trigo para os pre�os das mercadorias nas prateleiras de supermercados e padarias.
Conforme o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Biscoitos, Massas Aliment�cias, P�es e Bolos Industrializados (Abimapi), Cl�udio Zan�o, o Brasil produz menos da metade do trigo consumido no pa�s e precisa importar grandes quantidades de farinha de pa�ses do Mercosul - sobretudo da Argentina -, do Canad� e dos Estados Unidos. Com a alta do d�lar, que se valorizou 24% este ano, o custo de produ��o disparou e est� anulando as margens de lucro das empresas do setor.
“Nas massas, 70% do custo � de farinha. Nos biscoitos, o peso � de 40%, e nos p�es e bolos, de 30%. Qualquer varia��o do pre�o do trigo tem impacto no setor”, destacou Zan�o. Al�m da alta do d�lar, a ind�stria aliment�cia se ressente dos reajustes de energia el�trica e do efeito da alta do diesel no custo dos fretes para transporte das mercadorias. “Este ano, tudo est� aumentando muito, at� as embalagens est�o mais caras”, disse o presidente da Abimapi.