Rio de Janeiro – A infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), �ndice considerado uma esp�cie de pr�via do IPCA, que � o indicador oficial de varia��o de pre�os no pa�s, ficou em 1,24% em mar�o, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatat�stica (IBGE). Houve desacelera��o na taxa, j� que, em fevereiro, foi registrada uma alta de 1,33%, enquanto o IPCA fechou o m�s passado com eleva��o de 1,22%. Em mar�o de 2014, o IPCA-15 ficou em 0,73%. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 acelerou para 7,90% – o maior desde maio de 2005, quando ficou em 8,19%. Habita��o (13,72%), alimenta��o (8,90%), educa��o (8,43%) e despesas pessoais (8,26%) acumulam resultado ainda maior no per�odo de um ano.
A taxa acumulada no IPCA-15 tamb�m � maior que o teto da meta do Banco Central (6,5%) para o IPCA fechado. Com isso, � poss�vel que o indicador de mar�o, a ser divulgado no in�cio de abril pelo IBGE, se distancie ainda mais do objetivo do governo. No acumulado nos tr�s primeiros meses do ano, o IPCA-15 j� registra alta de 3,50%, acima dos 2,11% de igual per�odo do ano passado. Em Belo Horizonte, o IPCA-15 saiu de 1,28% em fevereiro para 1,16% em mar�o. No ano o indicador j� acumula alta de 3,19% e em 12 meses, de 7,04%
O 1,24% de mar�o deve-se principalmente ao aumento na conta de luz, nos pre�os dos combust�veis e dos alimentos que foram respons�veis por 77,42% do �ndice do m�s, com impacto de 0,96 ponto percentual. A alta da energia el�trica (10,91% ), fez o grupo Habita��o registrar o maior resultado no m�s de mar�o, com 2,78%. A energia el�trica tamb�m foi a respons�vel pelo maior impacto individual no IPCA-15, de 0,35 ponto percentual, devido aos reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 2 deste m�s. S� a bandeira tarif�ria vermelha, v�lida no momento, teve alta de 83,33%, passando de R$ 3 para R$ 5,50. Em Belo Horizonte, o impacto dor reajuste da energia foi de 9,76%.
Os combust�veis subiram 6,25%, gerando um impacto de 0,31 ponto percentual no IPCA-15. A maior parte, 0,26 ponto percentual, veio da gasolina, cujos pre�os subiram 6,68%. O pre�o nas bombas reflete o reajuste das al�quotas do PIS/Cofins a partir de 1º de fevereiro. O etanol ficou 5,32% mais caro e o diesel, 4,05%. Assim, o grupo Transportes fechou o m�s de mar�o em 1,91%.
O grupo alimentos registrou alta de 1,22%, pressionado por cebola (19,07%), cenoura (18,32%), tomate (13,04%), ovos (12,01%), hortali�as (7,62%) e feij�o-carioca (4,17%). Seguro de ve�culo (3,01%), higiene pessoal (2,17%), �nibus intermunicipal (1,82%), �nibus urbano (1,39%), autom�vel novo (1,37%), m�o de obra para pequenos reparos (1,23%) e eletrodom�sticos (0,94%) tamb�m pressionaram o IPCA-15 em mar�o. Na outra ponta, comunica��o registrou recuo nos pre�os de 0,78%, enquanto vestu�rio teve a segundo maior queda, de 0,11%.
D�lar recua
O d�lar deu uma tr�gua e fechou a semana mais barato do que come�ou. Tudo bem que o recuo foi de apenas dois centavos na cota��o, mas esta foi a primeira semana de mar�o com desvaloriza��o da moeda americana. O d�lar comercial fechou a sexta-feira em queda di�ria de 2,01%, cotado a R$ 3,230. Na semana, a desvaloriza��o foi de 0,6%.