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Estado de Minas

Classe m�dia busca produtos e servi�os mais em conta para espichar or�amento familiar

"As classes A e B n�o abrem m�o da qualidade, mas os pre�os tamb�m voltaram a ser importantes", observa Roberto Gozende, diretor de Marketing do Epa Plus


postado em 22/03/2015 06:00 / atualizado em 22/03/2015 08:22

Recém-casados, Augusto e Gabriele trocaram a viagem de lua de mel (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
Rec�m-casados, Augusto e Gabriele trocaram a viagem de lua de mel (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)

Os enfermeiros Augusto C�sar Viana e Gabriele Campos casaram-se ness s�bado. A cerim�nia e a recep��o aos convidados organizada em sal�o de festas da Zona Sul de Belo Horizonte foram mantidas como o planejado pelo casal, mas a viagem de lua de mel sofreu o rev�s do c�mbio. Eles trocaram o roteiro mais caro de uma semana no M�xico por um passeio em Buenos Aires. “Ficou mais em conta e compat�vel com o momento da economia”, comentou o noivo. O casal adotou outra medida austera, de evitar fazer d�vidas para decorar a casa nova.“Poder�amos comprar tudo de uma vez, mas preferimos esperar e comprar aos poucos, at� o pa�s sair da crise”, torce Augusto. A atitude � compreens�vel, segundo a economista Silv�nia Ara�jo, do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais. “A infla��o � para todos. H� uma perda generalizada do poder de compra, o que deixa os consumidores mais cautelosos e retra�dos”, afirma.


“As classes A e B n�o abrem m�o da qualidade, mas os pre�os tamb�m voltaram a ser importantes”, observa Roberto Gozende, diretor de Marketing do Epa Plus. A rede transferiu seis lojas que levavam a bandeira Mart Plus para o guarda-chuva da marca Epa Plus. Segundo o executivo, a proposta � oferecer mais op��es de produtos e pre�os ao consumidor da Zona Sul. “A estrat�gia deu certo. As vendas cresceram 50%”, apontou Gozende. A rede de varejo apostou no mix, acrescentando 800 produtos distribu�dos em todos os segmentos, de limpeza a padaria. “Diante da interroga��o no cen�rio econ�mico, o consumidor exige qualidade mas tamb�m quer reduzir custos.”


O gerente de Pesquisas da Funda��o Ipead, vinculada � UFMG, Eduardo Antunes, admite estar assustado com as remarca��es quase generalizadas no varejo, dos alimentos aos combust�veis, passando pelos servi�os pessoais, de sa�de e educa��o. A segunda pr�via da infla��o de mar�o medida pela funda��o em BH subiu 1,28%, ante 0,85% nos �ltimos 30 dias terminados na primeira semana do m�s. “Quem n�o gosta de fazer o or�amento do gasto familiar no dia a dia vai ter de aprender, para conseguir passar o per�odo de sufoco que vem por a�”, alerta. Abusar da pesquisa de pre�os, substituir itens mais caros e valorizar cada centavo desembolsado s�o outras tr�s recomenda��es de Antunes.


A aten��o redobrada das fam�lias ser� necess�ria com um or�amento que j� tem ingredientes adicionais, a exemplo da nova alta das contas de energia em abril, per�odo de corre��o anual das tarifas da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), e de �gua. Antunes observa que a dificuldade de prever o comportamento do custo de vida est� no processo de recupera��o de pre�os que foram contidos artificialmente at� 2014. “Quando consideramos os percentuais j� apurados em mar�o, a infla��o beira 4% apenas nos primeiros tr�s meses do ano”, alerta.


O c�mbio compromete pre�os de itens importados e viagens ao exterior, mas Tharc�sio Souza, diretor do MBA da Funda��o Armando Alvares Penteado, lembra que, como faz poupan�a, a popula��o de maior renda � beneficiada pela alta das taxas de juros.


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