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Estado de Minas

Valoriza��o da moeda norte-americana corr�i o sal�rio m�nimo

Piso salarial do brasileiro convertido em d�lar passou de US$ 297 para US$ 250. Perda de quase US$ 50 em 2 meses


postado em 24/03/2015 00:12 / atualizado em 24/03/2015 07:31

A moeda nacional � o real, mas o d�lar norte-americano tem muita influ�ncia no custo de vida dos brasileiros. N�o � toa, a forte valoriza��o da divisa dos Estados Unidos est� tirando o sono dos consumidores. Quando convertido em d�lar, o sal�rio m�nimo de R$ 788 caiu quase US$ 50 desde o in�cio do ano. Em janeiro, o piso salarial era de US$ 297. Agora, est� em US$ 250. Ontem, o d�lar comercial fechou em baixa, a R$ 3,145. A queda foi de 2,63%. Ainda assim, n�o representa grande al�vio para aqueles que sobrevivem com o sal�rio m�nimo. “Voc� percebeu como os pre�os dos alimentos subiram muito? Eu parei de comprar carne na mesma quantidade de antes. Troquei pelo ovo. Queria fazer o reboco de minha casa, mas n�o d� porque o dinheiro est� em falta”, desabafa L�lian Ara�jo de Oliveira, que ficou desempregada h� poucos meses e recebe R$ 788 em cada uma das parcelas do seguro-desemprego. Ela n�o poupa cr�ticas � infla��o impulsionada pelo d�lar e por outros custos no pa�s. Como n�o consegue fugir da carestia, ela est� fazendo um curso para aprender a cuidar de idosos e tentar ampliar sua renda.


Ivanete Vieira dos Santos, de 52 anos, ganha um sal�rio m�nimo para faxinar uma loja no Centro de Belo Horizonte. M�e de dois adolescentes, de 12 e 17 anos, ela lamenta a disparada dos pre�os das mercadorias e servi�os: “A conta de luz subiu, a da �gua tamb�m... A carne ficou mais cara, o supermercado tamb�m. T� tudo dif�cil”, refor�ou a mulher, cujo sonho de consumo atual � trocar o antigo sof� de sua casa, na Vila Ideal, em Ibirit�, na regi�o metropolitana, por um conjunto que ela namora h� semanas numa megastore da Rua Curitiba. A “defasagem” dos quase R$ 50 (ou cerca de R$ 150) poderia ser, na vis�o dela, a presta��o do m�vel que tanto deseja. “A vida n�o est� f�cil, principalmente para quem recebe sal�rio m�nimo”, reclama Ivanete.

PESO NO BOLSO O desabafo dela encontra fundamento em indicadores divulgados pelo pr�prio governo, como o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a pr�via da infla��o oficial do pa�s. O indicador fechou o acumulado dos �ltimos 12 meses, encerrado em mar�o, com avan�o de 7,9%, superando muito o centro da meta da infla��o estipulado pelo governo para 2015 (4,5%) e distanciando-se do teto da meta (6,5%) para o mesmo exerc�cio.


O s�cio da DXI Planejamento Financeiro, o economista Felipe Chad destaca que “a alta do d�lar pressiona – e muito – a infla��o”. Para ele, este ser� um ano muito dif�cil para os consumidores, principalmente para as fam�lias que vivem com apenas um sal�rio m�nimo. O tombo de quase US$ 50 em pouco mais que dois meses foi maior do que o ocorrido no espa�o de um ano. Em janeiro do ano passado, o rendimento da maioria dos brasileiros estava cotado a US$ 306 e, um ano antes, atingiu US$ 334.


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