Os caminhoneiros sa�ram insatisfeitos da reuni�o que tiveram nesta quinta-feira, com representantes do governo e empres�rios. Um projeto para uma tabela de pre�o m�nimo de frete foi entregue aos ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presid�ncia) e Ant�nio Carlos Rodrigues (Transportes), que pediram um prazo at� 22 de abril para avaliar a constitucionalidade da tabela. Parte do grupo de trabalhadores se sentiu "enrolado" e, ap�s a reuni�o, realizaram uma r�pida assembleia na qual decidiram voltar com os bloqueios em 23 de abril caso o governo n�o bata o martelo em rela��o ao frete m�nimo.
O Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, acompanhou a assembleia dos caminhoneiros. Representantes de v�rias regi�es do pa�s falaram durante alguns minutos e a maioria estava com os �nimos exaltados. Chegou a ser proposto que as paralisa��es voltassem a ocorrer imediatamente. No entanto, venceu a posi��o que pedia a espera at� 22 de abril.
Depois de algum tempo de debate, os caminhoneiros levaram a decis�o de ter o dia 22 como prazo final para o governo (per�odo que eles classificaram como estado de tr�gua) e estopim para a retomada dos bloqueios, caso a demanda n�o fosse atendida. A maioria votou a favor. O grupo quer, agora, que a tabela n�o seja apenas uma refer�ncia, quer que seja impositiva.
O ministro dos Transportes, Ant�nio Carlos Rodrigues, falou rapidamente ap�s a reuni�o e disse que o encontro foi para receber as propostas elaboradas pelos grupos de trabalho que haviam sido criados h� pouco mais de 20 dias. "Pegamos todos os estudos dos grupos e no dia 22 vamos dar uma resposta", disse o ministro. "O ponto principal do estudo � o frete. A proposta principal � uma tabela de frete que vamos ver se para em p� juridicamente", explicou.
Carlos Alberto Litti Dammer, representante do Sindicato dos Transportadores Aut�nomos de Iju�, afirmou que a tabela se tornou um impasse. "Se isso n�o for impositivo, 23 de abril � data para o Brasil parar novamente", afirmou. Janir Bottega, do Sindicato dos Caminhoneiros de Francisco Beltr�o (PR) explicou que a tabela quer um valor maior sobre quil�metro rodado.