O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta ter�a-feira em sua primeira fala na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE), que h� risco de pa�s perder 'grau de investimento' se corre��es n�o forem feitas. "O custo ser� alt�ssimo n�o s� para o governo, mas para empresas e para o trabalhador". No entanto, o ministro disse que a economia brasileira � forte e diversificada, com grande capacidade de resposta. Segundo ele, o momento agora � de transi��o e o governo est� reorientando o setor econ�mico para o fim do ciclo das commodities.
Levy apontou que a d�vida brasileira ainda � bastante elevada (em rela��o ao Produto Interno Bruto) para um rating n�o t�o alto. O ministro lembrou que muitos investidores n�o podem aplicar em pa�ses que n�o t�m grau de investimento e que isso teria grande impacto na economia real. "Para preserva��o do emprego, temos de botar a d�vida p�blica em uma trajet�ria sustent�vel, que nos traga para a esquerda (do gr�fico apresentado aos senadores). Sempre movendo para a esquerda, n� presidente", disse, em tom de brincadeira.
Na audi�ncia, Levy falou aos senadores sobre ciclos econ�micos e a diferen�a entre a crise de 2008 e as anteriores. Levy disse que, naquele ano, a crise encontrou o governo brasileiro em boas condi��es, mas que as a��es antic�clicas era uma situa��o tempor�ria. "� chegado o momento de n�s revertermos nossas medidas antic�clicas", declarou.
Ele ponderou que o fim do ciclo de pre�os altos das commodities significa "um vento um pouco contra" na economia brasileira e que � preciso readapt�-la � nova realidade. "Na medida em que os elementos antic�clicos s�o tirados, notadamente da china, os pre�os das commodities continuar� caindo", completou.
Seguro desemprego
Ao justificar as regras mais rigorosas, o ministro Joaquim Levy negou preju�zos ao direito do trabalhador. Segundo ele, s�o medidas necess�rias para fortalecer a previd�ncia social e o mercado de trabalho. Sobre os impostos, Levy disse que "o governo n�o quer criar ou aumentar impostos, mas diminuir as ren�ncias fiscais concedidas noutro momento econ�mico "em que era poss�vel fazer isso", disse Levy. Ele citou a Cide e a desonera��o da folha de pagamentos. (Com Ag�ncia Senado e Ag�ncia Estado)