O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta ter�a-feira, durante audi�ncia na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado Federal, que o arrocho fiscal � necess�rio para preservar os ganhos sociais alcan�ados nos �ltimos anos e melhorar a distribui��o de renda brasileira. Ele ressaltou que as medidas adotadas n�o tocam "em um centavo" do programa Bolsa Fam�lia. "O objetivo do ajuste � retomar o crescimento e a evolu��o social. Temos que fazer os ajustes para continuar nessa linha. � importante preservar os ganhos do Brasil", disse.
Levy ressaltou ainda que o equil�brio fiscal � importante para permitir a queda de juros de longo prazo, al�m da converg�ncia da infla��o para a meta. Ele voltou a dizer que � necess�rio agir r�pido para n�o perder o grau de investimento das ag�ncias de classifica��o de risco, o que seria "um choque tremendo".
Pediu ainda que o Senado tenha cuidado para n�o criar despesas que exigir�o a cria��o de novos tributos. "Ningu�m quer o aumento da carga, ent�o temos que ser muito vigilantes. Toda decis�o tomada tem que levar isso em considera��o", completou.
Levy lembrou frase da presidente Dilma Rousseff de que n�o se faz ajuste pelo ajuste. Ele defendeu o aumento da taxa de poupan�a no Pa�s. "N�o podemos ter um pa�s querendo crescer quando as taxas de poupan�a e investimento caem", afirmou.
O ministro apresentou tr�s eixos para o crescimento. Eles dizem respeito � agenda tribut�ria (que inclui medidas de competitividade); um novo padr�o para as concess�es, e o que classificou de "converg�ncia macroecon�mica". Com as medidas, Levy afirmou ter confian�a de que o Pa�s vai aumentar sua inser��o no mercado internacional.
Concess�es
O ministro fez uma sinaliza��o sobre novas concess�es de portos � iniciativa privada. O ministro disse que a presidente Dilma tem sido clara na retomada das concess�es. "Quando fizermos leil�es de portos, vai chover candidatos nacionais e internacionais", afirmou.
Para ele, a hist�ria dos portos no pa�s � de sucesso. "N�o nos lembramos do sucesso da lei dos portos, porque n�o tem mais fila de caminh�o", disse. Ele afirmou que o Brasil tem a liberdade das empresas investirem em portos e disse que abrir os portos � iniciativa privada vai facilitar investimentos em log�stica.
O ministro falou que o governo est� renovando portos p�blicos. "N�o vamos baixar o custo Brasil se n�o reorganizarmos o que � nosso, os portos p�blicos", avaliou.
Por�m, o ministro n�o respondeu a questionamentos de senadores sobre se o Tesouro Nacional dar� garantias para novos leil�es de concess�o de rodovias - o chamado "risco Valec". Sem a concess�o das garantias, especialistas acreditam que as novas concess�es podem se inviabilizar.
Levy tamb�m n�o respondeu questionamentos sobre sua declara��o de que a presidente Dilma Rousseff nem sempre age "da maneira mais eficaz". Ap�s a fala de Levy, o presidente da CAE, Delc�dio Amaral (PT-MS) disse que o ministro afirmou estar aberto para discutir o tema da troca de indexador das d�vidas dos Estados.