
Se � verdade que a f� move montanhas, na Serra da Piedade, ela movimenta as quintadas Cristo Rei e a pequena queijaria montada pelo falecido Frei Ros�rio. Os produtos ganharam lugar privilegiado no caixa do santu�rio erguido em homenagem � padroeira de Minas Gerais. H� fila de espera pelos queijos curados na ermida por no m�nimo 60 dias, tradi��o mantida gra�as � umidade, ao clima prop�cio e � altitude de 1.746 metros. Com demanda crescente dos fi�is e admiradores pelo card�pio, o pr�-reitor do santu�rio, padre Carlos Ant�nio da Silva, planeja ampliar a infraestrutura de fabrica��o de roscas, biscoitos, doces e queijos servidos a pelo menos 250 visitantes por semana.

Ainda em Caet�, os licores, doces e biscoitos produzidos pelas Irm�s Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade no Instituto S�o Lu�s fortaleceram os la�os com a gastronomia produzida no convento e contribuem para a folha de pagamento. Em obras, a institui��o prepara a abertura de um restaurante e uma pousada, que v�o dar mais servi�o �s religiosas dedicadas �s receitas. “Pensamos em melhorar a nossa produ��o, que � di�ria e nos ajuda na manuten��o do convento”, diz irm� Joana D’Arc Paulino, diretora do S�o Lu�s.
Para melhorar o atendimento aos cerca de 70 mil visitantes que recebe ao longo do ano, o Santu�rio do Cara�a, imponente constru��o de 240 anos em Santa B�rbara, na Regi�o Central de Minas Gerais, incluiu em seus investimentos as reformas do refert�rio, da padaria e da adega. A valoriza��o da culin�ria desenvolvida desde o in�cio do s�culo passado faz todo sentido, diante da import�ncia que a produ��o de p�es, quitandas e vinhos assumiu como fator de atra��o de fi�is e admiradores e como fonte de recursos para a sustenta��o do mosteiro.
A remodelagem da infraestrutura dos servi�os de alimenta��o atendeu as exig�ncias da seguran�a alimentar e a um programa de resgate cultural da gastronomia, informa o padre Lauro Pal�, diretor do santu�rio. “Somos o segundo parque mais visitado de Minas Gerais e a tradicional culin�ria faz com que os visitantes retornem com mais gosto”, afirma.

Renovado em 2012, numa parceria com cervejeiros do munic�pio, o espa�o cervejeiro passou no teste das vendas em 2014, na Festa de S�o Geraldo. As 96 garrafas que deveriam ser comercializadas durante oito dias esgotaram em 48 horas. Servida em eventos promovidos pela Congrega��o dos Redentoristas e usada para presentear visitantes, a cerveja tem despertado o interesse de colecionadores, que buscam mais informa��es sobre a bebida no convento e com o padre Fl�vio Campos. Ele decidiu recuperar a pequena usina de fermenta��o em 2009 – ano das comemora��es do centen�rio de canoniza��o de S�o Clemente Maria Hofbauer – e � o respons�vel pela fabrica��o.
“Retomar a produ��o � resgatar parte da nossa hist�ria e cultura. A cerveja feita no convento tem mais gosto de hist�ria do que de malte”, costuma enfatizar padre Fl�vio, vig�rio da Par�quia de S�o Jos�, em Belo Horizonte, que tamb�m j� teve a sua cervejaria. Na d�cada de 1960, o espa�o cervejeiro da igreja e convento localizados no Centro de BH foi transformado em quarto de h�spedes. Um colecionador adquiriu os equipamentos. A inten��o � voltar a produzir a Hofbauer durante quatro vezes por ano, como em 2012.

B�N��O DA CERVEJA
Aben�oai, Senhor, esta
criatura, a cerveja,
que vos dignastes produzir
do melhor l�pulo,
para que seja rem�dio
saud�vel ao g�nero
humano. Concedei que,
pela invoca��o do vosso
Santo nome, todos os
que dela beberem recebam
a sa�de do corpo e a
firmeza da alma.
Por Cristo, nosso Senhor.
Am�m
(Ritual de Sacramentos e Sacramentais/Secretariado Nacional de Liturgia/Redentoristas – 1965)