O novo plano de neg�cios da Petrobras para os pr�ximos cinco anos, que ser� divulgado em 30 dias, ter� como premissa a desalavancagem (menos cr�dito e redu��o de endividamento) da empresa. “A prioridade � a desalavancagem da companhia e investimentos em projetos de maior rentabilidade”, disse hoje a diretora de Explora��o e Produ��o da estatal, Solange Guedes, durante a apresenta��o dos resultados de 2014 para investidores, via web. O diretor de Rela��es com Investidores, Ivan Monteiro, complementou que o plano vai se basear em “pre�os competitivos e de mercado”.
A diretora informou que a Petrobras est� adiando projetos de baixo retorno, com foco em investimentos na explora��o de ativos de baixo risco e em novas capacidades do pr�-sal, de modo a reduzir gastos em ativos menos rent�veis na �rea de explora��o e produ��o, no pa�s e no exterior.
Segundo Solange, os investimentos em ativos de produ��o do pr�-sal ser�o mantidos. “Estamos olhando com aten��o ativos nos quais a Petrobras pode compartilhar riscos de toda ordem”. A ideia � agregar valor onde escala e padroniza��o se aplicam. A estatal j� est� conversando com outras empresas do setor para ter desonera��o de capex [despesas de capital] e n�o est� fechada a nenhum tipo de premissa em projetos que possam permitir alto retorno no curto prazo, assegurou.
O desinvestimento projetado para 2015 � de US$ 3 bilh�es, com fluxo de caixa, no final do ano, de US$ 20 bilh�es, ante saldo inicial de US$ 26 bilh�es. A Petrobras considera que a necessidade de capta��o para 2015 est� totalmente coberta. Ela soma US$ 13 bilh�es. A empresa trabalha agora para 2016. O cen�rio para 2015 prev� pre�o m�dio de US$ 60 o barril do petr�leo Brent, d�lar norte-americano a R$ 3,10 e produ��o total, no Brasil e no exterior, de 2,796 milh�es de barris de �leo equivalente por dia (boed).
A expectativa, acrescentou Solange, � que a produ��o de petr�leo e g�s natural possa crescer este ano at� 4,5%, alcan�ando 2,886 milh�es boed em 2016, com alta de 2%, em fun��o das entradas de novas unidades de produ��o: Cidade de Itagua�, Cidade de Maric�, Cidade de Saquarema e Cidade de Caraguatatuba – al�m de teste de longa dura��o de Libra.
A meta para o pr�ximo ano prev� investimentos de US$ 25 bilh�es, dos quais 82% em explora��o e produ��o – 37% inferior ao investimento projetado, que seria de US$ 39,5 bilh�es. Os desinvestimentos para 2016 atingem US$ 10 bilh�es. As metas pressup�em pre�o m�dio do petr�leo Brent a US$ 70 o barril e taxa cambial m�dia de R$ 3,30 por d�lar norte-americano.
O diretor de Rela��es com Investidores confirmou a decis�o do presidente da companhia, Aldemir Bendine, anunciada ontem, de n�o pagar dividendos, com a inten��o de preservar o caixa da Petrobras. Em resposta, por�m, a uma quest�o levantada por investidor estrangeiro, Monteiro esclareceu que se a companhia tiver lucro em 2015 “pagar� juros sobre capital pr�prio e dividendos, como faz normalmente”. Por outro lado, negou a exist�ncia de qualquer projeto de capitaliza��o da empresa por emiss�o de t�tulos ou convers�o de d�vida.
O gerente executivo de Desempenho Empresarial da Petrobras, Mario Jorge da Silva, informou que apesar do preju�zo de R$ 21,6 bilh�es, em 2014, a empresa apresentou receita de R$ 337,3 milh�es em vendas e houve crescimento de 5% na produ��o de petr�leo e g�s natural, que atingiu 2,669 milh�es boed, no ano passado.