A confirma��o pela Receita Federal em mar�o de uma arrecada��o abaixo da mediana das expectativas revela que dificilmente o governo ter� capacidade para investir nos projetos de obras de infraestrutura. Mas revela tamb�m que � muito cedo para se concluir que a meta de super�vit prim�rio, de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, n�o ser� cumprida. A avalia��o � do s�cio-diretor da GO Associados, F�bio Silveira.
A Receita Federal informou nesta segunda-feira, que em mar�o foram entesourados pelos cofres p�blicos a t�tulo de arrecada��o de impostos e contribui��es federais o equivalente a R$ 94,122 bilh�es. O valor � 4,58% superior aos R$ 89,982 bilh�es arrecadados em fevereiro e 8,64% sobre os R$ 86,621 bilh�es pagos pelo contribuinte em impostos e contribui��es em mar�o do ano passado. Mas � 2,05% menor que os R$ 96,089 bilh�es que comp�em a mediana das expectativas dos analistas consultados pelo AE Proje��es.
"Estamos envolvidos por uma atmosfera recessiva que bate na arrecada��o. Fica claro que o setor p�blico contribuir� menos para os investimentos em infraestrutura que est�o para serem anunciados", disse Silveira. Mas, de acordo com ele, � cedo para se dizer que a meta de super�vit n�o ser� cumprida porque muitos cortes de gastos ainda est�o sendo discutidos pelo governo. A GO Associados tinha para mar�o uma proje��o para a arrecada��o da ordem de R$ 97,800 bilh�es.