A base de compara��o mais fraca ap�s tr�s meses de queda e a redu��o das incertezas no ambiente pol�tico foram os principais fatores que contribu�ram para a melhora das expectativas e da confian�a de servi�os como um todo no m�s de abril, afirmou nesta quinta-feira, o economista Silvio Sales, consultor da Funda��o Getulio Vargas (FGV). O �ndice de confian�a avan�ou 4,2% ante mar�o. Apesar disso, ele ressaltou que n�o h� motivos concretos para a demanda prevista ter melhorado como ocorreu neste m�s - a alta no indicador foi de 10,1%.
"O mercado de trabalho cada vez mais amplia os sinais de desacelera��o, e agora foi afetado o rendimento m�dio. O contexto � de demanda muito enfraquecida e de uma pol�tica de controle de pre�os que tende a inibir ainda mais a demanda", afirmou Sales.
Por outro lado, os dados da sondagem mostram que o peso da incerteza pol�tica sobre a confian�a diminuiu. Entre as empresas que apontam "outros fatores limitativos � melhora dos neg�cios", 32% citaram o clima pol�tico em abril, contra 36% em mar�o. Nesta mesma base de compara��o, os aspectos econ�micos ganharam espa�o (53% contra 43%). A preocupa��o com as chances de haver racionamento de �gua e/ou energia tamb�m ficou menor.
"� como se o conjunto mais subjetivo (de fatores) tivesse desanuviado em abril. Al�m disso, em mar�o houve todas aquelas manifesta��es (pr� e contra o governo)", disse o economista.
Mesmo diante da alta, Sales ponderou que o resultado deve ser relativizado em fun��o dos �ltimos n�meros. A confian�a de servi�os recuou 2% em janeiro, cedeu 5,4% em fevereiro e caiu 12,1% em mar�o. A base depreciada, portanto, deixou espa�o para uma recupera��o. "� muito incipiente essa informa��o. Pode ser um primeiro sinal, mas que tem que ser confirmado nos pr�ximos meses", afirmou.