(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DIA DO TRABALHO

L�deres sindicais se dividem at� sobre o racha


postado em 01/05/2015 11:01 / atualizado em 01/05/2015 11:40

Em lados opostos em rela��o ao projeto de lei 4330, que regulamenta a terceiriza��o no pa�s, os l�deres das duas principais centrais sindicais - Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e For�a Sindical - divergem at� sobre a exist�ncia de um racha ou uma crise no relacionamento das entidades.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a posi��o da For�a de se colocar favor�vel ao projeto da regulamenta��o reflete uma op��o pol�tica do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD-SP), que � presidente licenciado da entidade. "N�o vejo racha. At� porque na For�a tem v�rios sindicatos se rebelando", afirma. "N�o acho que � uma posi��o da For�a (ser contr�ria ao projeto) e sim do Solidariedade, que tem interesse direto no projeto", afirma.

O presidente da CUT diz ter certeza de que grande parte dos sindicatos � contra a lei "at� porque a sociedade est� contra o projeto". "Conseguimos convencer que o significado do projeto � rasgar a CLT e acabar com direitos. Acho que a sociedade entende isso", disse, refor�ando que est� confiante que o projeto n�o ser� aprovado pelo Senado.

O presidente da For�a Sindical, Miguel Torres, diz que a entidade apoia o projeto com as emendas apresentadas por Paulinho e minimiza o racha entre os grupos. "Nossa pauta conjunta vai continuar. Contra as MPs 664 e 665 (que alteram benef�cios trabalhistas como o seguro-desemprego), certamente estaremos juntos", disse. "Temos diverg�ncias. Esse � um problema pontual, mas vai passar."



Torres reconhece, no entanto, que h� dentro da For�a entidades contr�rias � medida e insatisfeitas com o posicionamento da central. "Estamos conversando, indo �s federa��es, estamos convencendo os trabalhadores", garantiu. "Dentro da CUT e da UGT (Uni�o Geral dos Trabalhadores), tamb�m tem gente que � a favor do projeto", retrucou.

Paulinho, por�m, refor�a o embate, diz que h� pontos de vista diferentes e que esse � um cap�tulo que faz parte "de brigas hist�ricas" entre CUT e For�a. "J� tivemos outros grandes embates e sempre vai ter", disse. O deputado acusa a CUT de estar fazendo pol�tica e n�o realmente atendendo aos trabalhadores. "A CUT s� quer saber de defender a Dilma", disse. "Eu fiz o meu papel, fiz o que as centrais me pediram e inclu� as emendas no projeto, n�o sei se elas ser�o mudadas no Senado", afirmou.

Freitas argumenta que as emendas de Paulinho, mesmo tendo sido negociadas entre as centrais, "n�o servem para nada". "Na avalia��o da CUT, elas n�o servem para nada, n�o s�o claras, s�o d�bias. � apenas um retalho", afirmou, ressaltando que representam um sindicalismo "que a direita conservadora escondeu atr�s do seu projeto".

O presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Celso Napolitano, diz que, como �rg�o que congrega sindicatos, "tem certeza" de que a maior parte dos sindicalistas � contra a amplia��o da terceiriza��o. "Essa proposta recebeu muita porrada dentro da For�a. � um movimento do Paulinho", afirmou. "Para o Diap, que tem como defesa o direito dos trabalhadores, do ponto de vista estritamente t�cnico a proposta � muito ruim", disse.

O professor da USP Ruy Braga,especializado em sociologia do trabalho, concorda com Napolitano e diz que a maioria dos sindicalistas est� alinhada e � contr�ria ao PL 4330. "A maior parte do movimento sindical brasileiro, a despeito de posturas pol�ticas e interesses pol�ticos mais ego�stas, � contra o PL pela simples raz�o que vai precarizar o trabalho e todo sindicalista sabe disso", afirmou.

Paulinho se defende e diz que, apesar de estar licenciado da For�a e de sua fun��o hoje ser deputado, ele nunca deixar� de ser um sindicalista. "Sou um sindicalista dentro do Congresso, minha fun��o � defender os trabalhadores. Fiz isso minha vida inteira", afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)