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Estado de Minas DIA DO TRABALHO

Fiesp defende terceiriza��o e contesta cr�ticas com estudo


postado em 01/05/2015 11:07 / atualizado em 01/05/2015 11:43

O trabalhador terceirizado n�o ganha muito menos nem trabalha muito mais que o empregado direto. A maioria dos terceirizados ganham apenas 0,3% a menos que os diretos e trabalham 3,3% de horas a mais por semana. Essas s�o as principais conclus�es de um levantamento da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), divulgado com exclusividade ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado. "A terceiriza��o n�o significa precariza��o do trabalho. Tem trabalhador feliz na terceiriza��o", afirma o assessor de assuntos estrat�gicos da presid�ncia da Fiesp, Andr� Rebelo.

A nota t�cnica da Fiesp contradiz as conclus�es de estudo divulgado pela CUT e pelo Dieese que mostra que o terceirizado ganha, em m�dia, 24,7% a menos que o empregado direto, tem carga hor�ria 7,5% maior, permanece menos da metade do tempo do trabalhador direto no emprego e fica mais suscet�vel a acidentes de trabalho, visto que a cada dez acidentados, oito s�o funcion�rios indiretos. Os dados, de acordo com a Fiesp, s�o da mesma fonte de informa��es usada pelo Dieese, a RAIS (Rela��o Anual de Informa��es), do Minist�rio do Trabalho e Emprego.


No estudo, o Departamento da Pesquisas e Estudos Econ�micos (Depecon) segregou as atividades terceirizadas em dois grupos. O primeiro � o da terceiriza��o t�pica, como limpeza, seguran�a patrimonial e telemarketing. Nesse grupo, est�o cerca de 3,5 milh�es de trabalhadores. O segundo grupo agrega outros servi�os e atividades mais especializadas e totaliza 8,4 milh�es de pessoas.

Os economistas da Fiesp argumentam que, ao fazer uma m�dia do total de terceirizados, o resultado da CUT e do Dieese gera "interpreta��es equivocadas". Porque o grupo de terceiriza��o t�pica, que exige menor qualifica��o e engloba servi�os auxiliares de baixa remunera��o, tiveram um sal�rio m�dio de R$ 1.402 em dezembro do ano passado. Enquanto os trabalhadores diretos receberam R$ 2.270 no mesmo m�s, e os profissionais terceirizados em outras atividades tinham sal�rio m�dio de R$ 2.264.

Com o estudo, Rebelo contesta a informa��o de que o trabalhador indireto est� mais suscet�vel a acidentes. "Na m�dia, o funcion�rio dos contratantes e o das terceirizadas t�m praticamente o mesmo �ndice de acidentes", diz. A cada mil empregados diretos, 14,5 sofrem acidentes. A cada mil indiretos, 13 se acidentam.

Para chegar a essa m�dia, o Depecon calculou o �ndice de acidentes de todos os setores classificados pelo Minist�rio do Trabalho, exceto aqueles ligados � agricultura. Alguns confirmam que o �ndice de acidentes do terceirizado � muito maior que o do profissional direto. � o caso do setor de �gua, esgoto e gest�o de res�duos (52,1 ante 25,3) e alojamento e alimenta��o (23,2 ante 9,3). Outros setores, entretanto, mostram o inverso. � o caso do setor de transporte, armazenagem e correio (19,6 ante 27,8) e sa�de humana e servi�os sociais (14,9 ante 52,5).

Para o presidente eleito da Associa��o dos Magistrados da Justi�a do Trabalho (Anamatra), Germano Siqueira, � natural que existam essas diferen�as entre os setores. "H�, por exemplo, terceirizados que ganham muito mais do que seus pares contratados diretamente. Mas isso � uma raridade", afirma. "(Acima de tudo), � preciso lembrar que cerca de 91% das empresas terceirizam suas atividades com o objetivo de reduzir custos", diz.


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