(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Em quatro meses, infla��o passa meta do ano


postado em 09/05/2015 08:07 / atualizado em 09/05/2015 09:18

A infla��o ultrapassou, apenas nos quatro primeiros meses de 2015, a meta perseguida pelo governo para o ano todo, que � de 4,5%. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 4,56% no ano at� abril, o maior resultado para o per�odo desde 2003. A despeito do intervalo de toler�ncia (dois pontos para mais ou menos), o teto da meta tamb�m fica cada vez mais para tr�s. Em 12 meses, a alta � de 8,17%, a maior desde dezembro de 2003.

Na leitura mensal, por�m, o IPCA desacelerou para 0,71% em abril, quase metade do verificado em mar�o, diante da menor press�o da energia el�trica. O resultado ficou abaixo do esperado em m�dia pelo mercado financeiro. Mesmo assim, foi o mais elevado para o m�s desde 2011, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).


“De jeito nenhum � uma infla��o baixa”, ponderou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de �ndices de Pre�os do �rg�o. “Vemos que v�rios itens importantes no or�amento das fam�lias apresentaram resultados bastante significativos, como o condom�nio. Da� podemos inferir que alguns itens est�o contaminando outros, como no caso da energia el�trica, que pode ter levado ao aumento de outros itens”, afirmou.

A conta de luz ficou 1,31% mais cara em abril, bem menos do que o aumento m�dio de 22,08% observado um m�s antes. Por�m, eleva��es passadas est�o sendo incorporadas agora aos pre�os de estabelecimentos como restaurantes e at� por produtores de alimentos, que citaram a energia como uma press�o de custo.

“A difus�o da alta da energia � r�pida, ocorre entre um e dois meses. Ent�o, isso ainda deve pressionar o IPCA de maio e junho”, comentou o economista-chefe da Gradual Investimentos, Andr� Perfeito. Nos �ltimos 12 meses, a energia el�trica subiu 59,93%.

Juros

O resultado anunciado ontem, por�m, n�o deve mudar os planos do Banco Central em rela��o aos juros, avaliou a economista Alessandra Ribeiro, s�cia da Tend�ncias Consultoria Integrada. “O resultado do IPCA n�o traz nada de novo em termos de pol�tica monet�ria”, disse. Segundo ela, as preocupa��es continuam, pois o n�cleo da infla��o, medida usada por economistas para retirar tanto os pre�os que sobem muito como aqueles que caem demais, segue elevado.

Perfeito prev� que a taxa b�sica de juros, a Selic, hoje em 13,25%, chegue a 14,5% at� o fim do ano, diante da necessidade de melhorar as expectativas para 2016. Na pr�xima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), o economista aposta em uma eleva��o de mais 0,5 ponto porcentual.

Em abril, a maior press�o individual veio dos rem�dios, que avan�aram 3,27% por causa do reajuste autorizado pelo governo no fim de mar�o. Sozinhos, eles responderam por 0,11 ponto porcentual na infla��o.

Os alimentos, por sua vez, responderam por um ter�o do IPCA. Embora tenham perdido for�a, ficaram 0,97% mais caros, puxados pelo tomate, que subiu 17,90%. “O tomate � um produto muito sens�vel ao clima e � �gua. A seca tem afetado o produto n�o s� na sua qualidade, mas tamb�m na sua oferta”, explicou Eulina, do IBGE. Presente na mesa de quase todos os brasileiros, o p�o franc�s ficou 1,75% mais caro em fun��o do c�mbio.

Al�m disso, a infla��o de abril ainda foi impulsionada por aumentos nas passagens a�reas, nas roupas masculinas e femininas e nos eletrodom�sticos. Por outro lado, gasolina e etanol ficaram mais baratos, o que levou � queda de 0,91% nos combust�veis no m�s passado. Em maio, os pre�os administrados devem voltar a pressionar, principalmente por causa da energia el�trica. (Colaborou Igor Gadelha).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)