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Estado de Minas

Mercado eleva previs�o para infla��o em 2015


postado em 24/05/2015 09:31 / atualizado em 24/05/2015 11:00

Ap�s a forte eleva��o vista no primeiro trimestre, os pre�os administrados - controlados pelo governo - est�o embarcando em uma nova onda de press�o que n�o estava na conta de muitos economistas do mercado financeiro, com alguns deles revendo suas proje��es de infla��o.

Ap�s os aumentos de pre�os de energia, combust�vel, tarifa de �gua e esgoto em S�o Paulo e de transporte urbano em v�rias capitais terem provocado um salto na infla��o at� mar�o, o mercado contava com uma certa acomoda��o nos meses seguintes. Mas tem havido surpresas, como a alta extraordin�ria nas tarifas de �gua e esgoto em algumas capitais e o reajuste nas apostas de loterias.

“Tem diversos reajustes que est�o vindo acima do esperado, que, somados, devem gerar revis�o (na proje��o de infla��o). Mas n�o tem nenhum grande choque, est� bastante pulverizado”, disse a economista Adriana Molinari, da consultoria Tend�ncias. Adriana se refere, por exemplo, aos reajustes da Sabesp, da Eletropaulo, dos jogos lot�ricos e ainda aos aguardados para planos de sa�de, que normalmente s�o autorizados para o come�o do segundo semestre e devem ficar acima de 9%. “Devem vir um pouco em linha com a infla��o de sa�de.”

A Ag�ncia Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) autorizou um novo aumento, de 15,24%, a partir de junho, para as tarifas da Sabesp, que alega aumento de custos por causa da energia mais cara e falta de chuvas. E, a Secretaria de Acompanhamento Econ�mico do Minist�rio da Fazenda (Seae) autorizou a Caixa a aplicar, a partir de maio, um aumento m�dio de nada menos do que 38,91% no pre�o das apostas das loterias, que tamb�m pesam na infla��o.

Aumento dobra
J� as tarifas da Eletropaulo devem subir, em m�dia, 15,16% a partir de 4 de julho, segundo proposta da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) para o aumento ordin�rio da companhia.

Os aumentos nas contas de luz e �gua na capital paulista foram praticamente o dobro do esperado pela economista da Tend�ncias. Ela estimava algo em torno de 8% nos dois casos. “S� essa diferen�a acrescenta 0,10 ponto porcentual na previs�o do IPCA deste ano”, disse, lembrando, ainda, dos aumentos de �gua e esgoto promovidos em Belo Horizonte (15%) e em Salvador (10%).

“Alguns reajustes s�o indexados, mas este ano as distribuidoras alegam que t�m um custo adicional por causa da crise h�drica, em alguns casos, e de desequil�brio financeiro, al�m de gastos com energia”, disse Adriana.

No caso das loterias, a economista estima um impacto de um ter�o na infla��o, como foi no ano passado, ou 0,08 ponto porcentual a mais no IPCA.

Com todos os aumentos, a expectativa da Tend�ncias para a infla��o em 2015 deve passar de 8,1% para 8,3%.

Vi�s de alta

Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra, tamb�m colocou um vi�s de alta para sua expectativa de IPCA de 8,70% para 2015, citando que h� uma s�rie de novas press�es de pre�os administrados, como o reajuste maior do que o previsto nas loterias.

“Temos agora tamb�m o risco vindo da telefonia com o poss�vel reajuste do fundo das telecomunica��es”, afirmou. A Fazenda estuda reajustar as cobran�as do Fundo de Fiscaliza��o das Telecomunica��es (Fistel) para ajudar a cumprir a meta fiscal de 2015, o que pode deixar as contas de telefone e internet mais caras este ano.

Marcel Caparoz, economista da RC Consultores, esperava que as novas altas de pre�os administrados a partir do segundo trimestre fossem menores. Desde o come�o do ano, fez algumas revis�es nas suas expectativas para o IPCA de 2015, que come�ou com uma previs�o de cerca de 7%.

Com os reajustes expressivos e inesperados nas tarifas de energia, a proje��o logo atingiu 7,5% e, atualmente, est� em 8,1%. “Foi um per�odo que concentrou diversos reajustes de monitorados. Foi uma tempestade perfeita. Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Alguns de magnitude muito forte, principalmente energia el�trica. Os combust�veis tamb�m subiram e ainda tiveram aumento de impostos. Foram reajustes que vieram muito acima”, afirmou.

Economia fraca

Apesar das incertezas que permeiam principalmente a infla��o dos pre�os administrados nos pr�ximos meses, o economista da RC Consultores n�o descarta a possibilidade de o IPCA fechar um pouco abaixo de 8%, por causa dos pre�os livres. Para ele, a atividade econ�mica mais fraca deve come�ar a refletir sobre os pre�os, especialmente de alguns servi�os considerados n�o essenciais.

 


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