A crise econ�mica que impacta o Brasil ainda n�o respingou no mercado de seguros local, de acordo com o superintendente da Confedera��o Nacional das Seguradoras (CNseg), Alexandre Leal. "Ainda esperamos que o segmento cres�a dois d�gitos neste ano, ao redor dos 12%", disse ele nesta quarta, em palestra no CIAB 2015, promovido pela Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban).
No primeiro trimestre, o mercado de seguros, conforme dados da Superintend�ncia Nacional de Seguros Privados (Susep) cresceu quase 16% ante o mesmo per�odo do ano passado. O segmento de sa�de, segundo a Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS), avan�ou 12,3%, na mesma base de compara��o.
"O mercado tem demonstrado grande resili�ncia aos ciclos recentes e tem crescido mais do que a economia. N�o somos totalmente blindados. O aumento de renda dispon�vel e a infla��o controlada ajudaram com esse crescimento e suplantar crises. N�o acreditamos que a situa��o vai piorar, mas o segmento pode sofrer um pouquinho se piorar. N�o somos uma ilha", afirmou Leal.
H�, conforme o especialista, desafios para o mercado de seguros como as regras de solv�ncia que far�o com que as seguradoras aportem mais capital para fazer frente aos riscos assumidos, implanta��o de novas regras de contabilidade, com o IFRS (padr�o internacional de contabilidade) 4 fase 2 para o segmento e ainda a comercializa��o de produtos por canais digitais. "A resolu��o com condi��es necess�rias para a venda por canais remotos, publicada no ano passado, precisa de esclarecimentos e at� mesmo aperfei�oamentos", disse ele.
De acordo com Leal, a resolu��o exige que a venda de seguro por canal digital tenha um cadastro pr�vio do cliente via login e senha ou biometria. Para seguradoras ligadas a bancos, segundo ele, isso � muito simples. Mas, no canal segurador n�o. "A ind�stria de seguros � pouco digitalizada. Menos da metade � capaz passar informa��es de forma digital sobre produtos ou oferecer cota��o de seguros", concluiu o superintendente da CNseg.