A queda na renda e o aumento da taxa de desemprego parecem estar atingindo com mais for�a a demanda percebida pela ind�stria. Com isso, o setor de bens de consumo n�o dur�veis engrossou em junho o grupo dos que registram queda mais acentuada na confian�a, segundo a pr�via da sondagem da ind�stria deste m�s, divulgada nesta quarta-feira, pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV). At� o in�cio do segundo trimestre, os bens de capital e os dur�veis eram os que mantinham os piores resultados para a confian�a.
"Isso � confirma��o de que a coisa piorou bastante e ratifica a piora no mercado de trabalho", afirmou Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econ�micos da FGV. Na pr�via, a institui��o n�o divulga os dados desagregados por categoria, mas o sinal negativo � mais intenso neste m�s, adiantou Campelo.
O �ndice de Confian�a da Ind�stria (ICI) apurado na pr�via da sondagem de junho caiu 4,7% na compara��o com o resultado final de maio. O dado indica que, se o resultado se confirmar no fim do m�s, a confian�a atingir� mais uma vez o menor n�vel de toda a s�rie hist�rica, iniciada em abril de 1995. Al�m disso, ser� a quinta queda seguida do �ndice.
"A ind�stria continua se frustrando com o desempenho da demanda. A evolu��o no segundo trimestre foi muito ruim e h� pouca perspectiva de melhora nos pr�ximos tr�s meses. Por enquanto, o setor n�o conseguiu aproveitar o aumento de competitividade dado pelo c�mbio, que tamb�m n�o foi t�o grande. O ganho � engolido por fatores ruins, como infla��o e desvaloriza��o de outras moedas ante o d�lar", contou Campelo.