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Estado de Minas

Montadoras aguardam defini��es antes de aderir a plano de emprego


postado em 08/07/2015 14:41

As montadoras de autom�veis, setor afetado por demiss�es e ado��o de lay off nos �ltimos meses, esperam uma melhor defini��o sobre o funcionamento do Programa de Prote��o ao Emprego (PPE), anunciado pelo governo na �ltima segunda-feira, para decidir se v�o aderir � medida.

Criado por medida provis�ria, o programa permite a redu��o tempor�ria da jornada de trabalho e de sal�rio em at� 30%, como forma de evitar demiss�es neste per�odo de queda na produtividade das empresas. A medida prev� que a Uni�o complemente metade da perda salarial por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Entre as montadoras consultadas pela Ag�ncia Brasil, a Mercedez-Benz informou que ainda est� avaliando as alternativas. A Volkswagen diz que est� analisando, e aguardando a completa regulamenta��o do programa para tomar uma decis�o. A Fiat informou que vai esperar a divulga��o de mais informa��es sobre o programa, antes de anunciar uma posi��o. A Ford ainda n�o tem um posicionamento.

A General Motors informou que apoia o programa, embora reconhe�a que este n�o � o melhor caminho, no momento atual, de restrutura��o da f�brica, devido � queda na produ��o. “Este � o caso da unidade da GM em S�o Caetano do Sul. Cabe salientar que a redu��o permanente do quadro funcional deste complexo atinge um n�mero inferior a 5% do total de empregados e foi aprovada pelos empregados em assembleia, realizada por ocasi�o da aprova��o do contrato de lay off. Caso as condi��es do mercado n�o melhorem no futuro, poderemos, sim, utilizar esse programa”, diz a nota da empresa.

O Sindicato dos Metal�rgicos de Betim (MG), que representa 46 mil metal�rgicos dessa regi�o, � contra o programa. Jo�o Alves de Almeida, presidente do sindicato, diz que os trabalhadores mineiros j� sofrem com baixa remunera��o, e que uma redu��o salarial poderia prejudic�-los ainda mais.


“Em Minas Gerais, a montadora tem um dos piores sal�rios entre as montadoras do Brasil. Os [metal�rgicos] daqui, em rela��o a S�o Bernardo, S�o Caetano do Sul, ganham em torno de 100% a menos. Quer dizer, um sal�rio que aqui � R$ 2 mil, l� [no ABC paulista] � mais de R$ 4 mil, na fun��o de operador de base”, disse.

Nos setores de com�rcio e servi�os, os n�meros relativos ao mercado de trabalho tamb�m preocupam. Segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 20 mil postos de trabalho foram eliminados de janeiro a maio deste ano, apenas na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo.

Para a Federa��o do Com�rcio do Estado de S�o Paulo (Fecomercio), que representa 155 sindicatos patronais do setor, a flexibiliza��o do mercado de trabalho, trazida pelo programa � vista de forma positiva. “� uma bandeira que sempre foi defendida pela Fecomercio”, diz Vitor Fran�a, assessor econ�mico da Fecomercio.

“As empresas n�o querem perder profissionais qualificados, que foram treinados por muitos anos. De repente, em uma retomada daqui a um ano, voc� perdeu esse conhecimento e vai ter que treinar de novo esse pessoal”, declarou Vitor.

Vitor defende, por�m, que alguns pontos do programa sejam alterados, como o teto de 30% na redu��o da jornada de trabalho e de sal�rio. “Tem que deixar os sindicatos, as empresas e funcion�rios negociarem at� achar um ponto de equil�brio”, disse ele. Vitor tamb�m acredita que h� d�vidas sobre como ser�o escolhidas quais empresas podem adotar o programa. “Est� nebuloso, pois isso pode favorecer um setor mais, outro menos”, declarou.


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