Os ajustes promovidos pelo governo nas metas fiscais de 2015, 2016 e 2017 n�o foram uma surpresa para as ag�ncias de classifica��o de risco, na avalia��o de Joaquim Levy. O ministro da Fazenda deu a declara��o nesta quinta-feira, durante teleconfer�ncia organizada pelo banco JP Morgan.
Apesar do quadro delicado, o ministro diz n�o acreditar em rebaixamento da nota de cr�dito do Brasil a ponto de se perder o selo de grau de investimento. "N�o temos amea�a importante neste momento", disse, acrescentando que a Petrobras, envolvida em investiga��es de corrup��o, conseguiu, segundo ele, resolver seus problemas.
Segundo Levy, o comprometimento do governo para ajustar suas contas � claro e o Brasil, na sua avalia��o, tem capacidade para reagir a choques.
"Estamos comprometidos a tomar as medidas necess�rias", refor�ou o ministro, repetindo que o governo vai continuar mantendo a disciplina fiscal. Levy disse, tamb�m, que o cen�rio econ�mico atual ainda � gerenci�vel, bem diferente do que j� havia ocorrido em outras ocasi�es.
Levy fez quest�o de lembrar que o Brasil conta com "colch�es importantes de prote��o, como as reservas internacionais". O ministro comentou que, mesmo com a deteriora��o fiscal, n�o houve mudan�a fundamental na din�mica da d�vida p�blica.
O ministro admitiu, por�m, que colocar as contas em ordem n�o deve ser tarefa f�cil. "Queremos cortar gastos em v�rias �reas, mas � uma quest�o complicada", afirmou. Ele ainda observou que a receita tribut�ria caiu em v�rios meses e que o governo vai continuar a buscar receitas adicionais. "Vamos voltar ao crescimento quando os agentes se sentirem confiantes na pol�tica econ�mica", concluiu.