O saldo do recolhimento do compuls�rio de institui��es financeiras para a poupan�a saltou de R$ 120,424 bilh�es em maio para R$ 142,554 bilh�es no m�s passado, segundo dados do Banco Central. Desde abril de 2015, o estoque estava na casa dos R$ 120 bilh�es.
Esse aumento na margem, de R$ 22,1 bilh�es, est� associado �s mudan�as promovidas pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN) em 28 de maio para aumentar o funding de cr�dito para o setor imobili�rio e rural. Isso porque a poupan�a, fonte principal para esses tipos de empr�stimos, vem registrando desde o come�o do ano um volume de saques maior do que o de dep�sitos.
Na ocasi�o do an�ncio, o diretor de pol�tica monet�ria do BC, Aldo Mendes, calculou que se todos os bancos usarem as novas prerrogativas liberadas pela institui��o, o sistema de financiamento imobili�rio deveria receber um acr�scimo de R$ 22,5 bilh�es a partir de 1 de junho. Para evitar uma inje��o de recursos extras, que poderia acarretar em um aumento de liquidez justamente durante um per�odo de alta dos juros, o CMN promoveu uma complexa engenharia financeira. "Temos que manter a coer�ncia com pol�tica monet�ria praticada neste momento", disse Aldo Mendes, na ocasi�o.
Por conta disso, esses recursos passam a ser retomados pelo BC por um terceiro compuls�rio, sobre dep�sitos a prazo, cuja taxa vai subir de 20% para 25%. Essa eleva��o, no entanto, se dar� apenas em 90 dias, a partir de 31 de agosto. "Esse � o tempo m�dio que as institui��es v�o usar para desembolsar esses recursos", explicou. Isso porque, de acordo com ele, se entrasse em vigor ao mesmo tempo que as demais medidas, poderia haver contra��o da base, da liquidez. A medida tamb�m previa um aumento de R$ 2,5 bilh�es para o setor rural.