A enxurrada de a��es judiciais conseguidas por empresas do setor el�trico e consumidores pode provocar uma inadimpl�ncia recorde na liquida��o que ser� conclu�da nesta quinta-feira, pela C�mara de Comercializa��o de Energia El�trica (CCEE), empresa que faz o acerto de contas das negocia��es feitas no setor.
Sem o acordo em negocia��o com a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) sobre o risco hidrol�gico, que � o d�ficit na gera��o de energia (chamado no setor de GSF) e que tem provocado preju�zos bilion�rios para os geradores, muitas empresas continuam sendo protegidas pela Justi�a e n�o far�o o pagamento, que soma R$ 3 bilh�es.
Pelas regras do setor, o valor n�o pago por alguns agentes tem de ser bancado pelos demais. Calcula-se que a inadimpl�ncia possa beirar R$ 1 bilh�o. Segundo representantes de empresas do setor, uma inadimpl�ncia desse tamanho pode travar o mercado, impossibilitando a compra e venda de energia.
O acordo est� baseado em duas fases. A primeira envolve o per�odo de 2015 e 2016, em que os geradores assumem o risco hidrol�gico do pa�s. Os preju�zos provocados pelo GSF ser�o transformados em ativos financeiro dentro do balan�o e pagos com o aumento do prazo de concess�o. As empresas poder�o usar esses ativos como garantias para empr�stimos.
A segunda fase refere-se ao per�odo p�s-2017, em que o risco hidrol�gico ser� repassado para o consumidor - ou seja, por meio de aumento de tarifa. Apesar de algumas incertezas, algumas associa��es t�m tentando convencer as companhias de que � a melhor sa�da.
No mercado financeiro, a demora para se conseguir chegar a um consenso derrubou os pap�is das el�tricas. Quanto mais o tempo passa, maior � a preocupa��o do investidor, que tem a��es do setor. Um analista relata que percebe-se no mercado uma sa�da de estrangeiros de a��es de el�tricas no per�odo recente.
No preg�o de quarta-feira, as a��es da Companhia Energ�tica de S�o Paulo (Cesp) caiu 2,78%; Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), 2,95%; Companhia Paranaense de Energia (Copel), 3,01%; Eletrobr�s ON, 2,77%; e Energias do Brasil, 1,89%. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.