Ao participar hoje, em S�o Paulo, do 1º Encontro Estrat�gico das Lideran�as do Setor Automotivo, o presidente da Associa��o Brasileira dos Fabricantes de Ve�culos (Anfavea), Luiz Moan, disse que para superar a crise econ�mica atual � preciso ter primeiro “vis�o de futuro” e depois, de “m�dio e curto prazo”. Segundo ele, para o futuro, seria necess�rio considerar que o Brasil ainda tem uma taxa de motoriza��o baixa, quando comparada � de outros pa�ses, o que significa um potencial alto de crescimento.
“Acredito que, a partir do segundo semestre do ano que vem, o pa�s retomar� o n�vel de crescimento mais alto e sustent�vel. A crise de pessimismo � um crime contra o pa�s e, se deixarmos nos envolver, vamos desenvolvendo o mal-estar e o clima de pessimismo. A sugest�o da Anfavea � a de que o n�cleo que envolve o setor automotivo tenha reuni�es peri�dicas, para dar continuidade a um trabalho que n�o funcione s� nas crises”, disse.
Para o presidente da Associa��o Brasileira de Cons�rcios (Abac), Paulo Roberto Rossi, um dos desafios para o setor � a dificuldade atual do consumidor em assumir compromissos financeiros de m�dio e longo prazo. “Este � um momento de confian�a abalada. Paralelo a isso, temos a dificuldade de o setor produtivo e de ter o cons�rcio como ferramenta de venda futura. Seria importante que o cons�rcio fosse considerado como estrat�gia comercial de todos os participantes da ind�stria automobil�stica”.
Rossi ressaltou que a solu��o para a crise � a mudan�a de comportamento do consumidor e do setor produtivo. “N�o � f�cil, mas confiamos que unidos poderemos fazer acontecer. A Abac seguir� estimulando programas de educa��o financeira por meio de a��es de divulga��o da modalidade de cons�rcio, focando sobretudo em suas caracter�sticas b�sicas: autofinanciamento, custos mais baixos e planejamento financeiro”.
O diretor da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), Leandro Vilain, destacou que os bancos mant�m um compromisso firme com o setor, e que a legisla��o vem contribuindo para evitar a inadimpl�ncia. Para ele, � preciso unir esfor�os para preservar os empregos no setor, mas � preciso, tamb�m, melhorar os mecanismos de localiza��o do bem retomado. “A Febraban trabalhar� nos pr�ximos meses em uma proposta a ser apresentada � Fenabrave e � Fenauto para aumentarmos a efici�ncia nesse processo, e repassarmos esses ganhos para o setor. Hoje, o processo de localiza��o do ve�culo � ineficiente, gerando perda da garantia do empr�stimo e aumento dos custos da inadimpl�ncia”.
O presidente da Federa��o Nacional da Distribui��o de Ve�culos Automotores (Fenabrave), Alarico Assump��o, ressaltou que os principais desafios na avalia��o da entidade � o cen�rio pol�tico e econ�mico, o PIB negativo, as crise de �gua e de energia el�trica, o abalo no �ndice de confian�a dos consumidores e investidores, o aumento do desemprego e endividamento, a infla��o alta. “Al�m disso, h� a retra��o na oferta de cr�dito, o autom�vel visto como vil�o da mobilidade urbana. O pa�s precisa realizar ajuste fiscal, e retomar a estabilidade pol�tica e econ�mica”.
Na avalia��o do presidente do Sindicato Nacional da Industria de Componentes para Ve�culos Automotores (Sindipe�as), Paulo Butori, � preciso reconhecer que a crise une as entidades, que todas est�o no mesmo barco e n�o querem que afunde. “� uma oportunidade de todos remarem juntos para uma solu��o comum, para a soma de pequenas solu��es para tirar este setor da situa��o atual”.