A infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5,4% em 2016. A previs�o est� no Projeto de Lei do Or�amento Anual (PLOA) entregue hoje pelo Poder Executivo ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). J� o Produto Interno Bruto (PIB) - soma dos bens e riquezas produzidos em um pa�s - deve crescer 0,2%. De acordo com a proposta or�ament�ria, infla��o s� atingir� 4,5%, que � o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN), a partir de 2017.
"H� uma eleva��o tempor�ria da infla��o este ano, mas, com as a��es j� tomadas pelo Banco Central, prev�-se converg�ncia para a meta at� 2017", afirmou o ministro do Planejamento, Or�amento e Gest�o, Nelson Barbosa.
Para 2015, a estimativa � infla��o de 9,25% e retra��o de 1,8% do PIB. Com rela��o � atividade econ�mica, Barbosa disse que a recupera��o deve come�ar, lenta, em 2016. "A nossa expectativa � que ganhe mais velocidade nos anos seguintes. Parte dessa recupera��o est� sendo puxada pelo aumento do saldo [da balan�a] comercial. Mas a demanda interna, o consumo, o investimento dom�stico, est� contribuindo para uma queda. O saldo comercial n�o ser� suficiente para contrabalan�ar a queda [este ano]", disse.
O PLOA prev� tamb�m que o pa�s encerrar� 2016 com d�ficit prim�rio de R$ 30,5 bilh�es, o equivalente a 0,5% do PIB. O sal�rio m�nimo para o ano que vem ficar� em R$ 865,50. Al�m da proposta or�ament�ria para 2016, Nelson Barbosa e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entregaram a Renan Calheiros o projeto de lei para o Plano Plurianual 2016-2019, que deve ser apresentado a cada in�cio de um novo mandato presidencial. Pelo plano, o sal�rio m�nimo atingir� R$ 910 em 2017, R$ 957,80 em 2018 e R$ 1.020 em 2019.
No domingo (30), o l�der do governo no Senado, Delc�dio do Amaral (PT-MS), j� havia adiantado que o projeto de lei do Or�amento para 2016 poderia prever d�ficit. De acordo com ele, o governo e os parlamentares poder�o negociar alternativas para cobrir o resultado negativo durante a tramita��o da proposta no Congresso Nacional. “Com a frustra��o da CPMF [Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira], se n�o tiver outra solu��o, a sa�da � apresentar o Or�amento com o d�ficit e depois negociar. A�, � uma conversa do Congresso com o Executivo”, disse Delc�dio.