O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, saiu em defesa do programa de swaps cambiais e da forma��o de reservas internacionais, durante audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado. Ele afirmou que, caso n�o tivesse sido dada prote��o ao mercado contra a varia��o do d�lar, por meio de swaps, a situa��o teria se tornado "dram�tica".
"O objetivo � estabilidade financeira. Poder�amos ter tido quebradeira no sistema com o mercado aproveitando a queda de juros l� fora. Em outros momentos houve descasamento enorme, como em 2008", explicou. A preocupa��o do BC, segundo o presidente, era evitar exposi��o excessiva do setor privado ao d�lar sem a devida prote��o. O programa de leil�es di�rios de contratos de swap (cujo efeito � equivalente � venda de d�lares no mercado futuro) durou de agosto de 2013 a mar�o deste ano.
Tombini argumentou que, ao longo de 2013 e 2014, muitas empresas tomaram recursos l� fora e por isso foi necess�ria essa prote��o. "De que vale essa acumula��o de reservas se voc� n�o pode usar?", questionou o presidente do BC. "N�s temos posi��o credora em d�lar. Pudemos fazer programa previs�vel que deu prote��o ao setor privado. Se n�o tem essa prote��o (reservas), na primeira situa��o mais adversa para de entrar d�lares no pa�s e come�a a sair", observou.
"O que vimos, com toda essa incerteza, � que o Brasil atraiu US$ 11 bilh�es nessa primeira parte do ano. Isso no l�quido", afirmou. Pelos dados mais recentes do pr�prio Banco Central, o fluxo l�quido de recursos para o Pa�s est� positivo em US$ 11,619 bilh�es em 2015, at� o fim de agosto.
Tombini lembrou ainda que o Brasil passou por dois choques de pre�os que foram classificados por ele como de "grande dimens�o". O primeiro, a alta do d�lar frente o real. O segundo, a eleva��o dos pre�os administrados frente aos livres.
Ele ainda alertou os senadores de que, caso n�o existissem os swaps e as reservas, o setor privado estaria quebrado. "Ter�amos um setor privado quebrado, e nada disso tivemos. Posso assegurar que ter�amos uma situa��o dram�tica caso n�o us�ssemos os swaps", afirmou. "O c�mbio � flutuante e flutuou. A primeira linha de defesa do Brasil � cambio flutuante. Vemos, agora, que um ajuste est� se processando (com a alta do d�lar). Essa parte do ajuste est� sendo processada."
Tombini argumentou ainda que o BC est� avaliando a situa��o das taxas de juros (DIs) e garantiu que o n�vel atual � de passagem. "N�o � a que vai prevalecer", afirmou. Ele disse ainda que o mercado funciona muito no curto prazo. "Temos de nos mobilizar para evitar o rebaixamento em mais de uma ag�ncia, o que implica a capacidade de investidores aplicarem no Pa�s", acrescentou.