Em resposta � possibilidade de retomada da opera��o de avi�es de grande porte no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, moradores da regi�o re�nem-se hoje para discutir medidas a serem adotadas. A movimenta��o antecipa a uma decis�o da Infraero, que, at� dezembro, deve renovar o licenciamento ambiental do aeroporto e vislumbra um poss�vel aumento no fluxo, sendo uma das alternativas a retomada do Boeings.
Segundo o vice-presidente da Associa��o Pro-Civitas de Moradores dos Bairros S�o Jos� e S�o Luiz, Claude Mines, considera “invi�vel” a retomada de aeronaves de grande porte para a Pampulha – ou mesmo o aumento de fluxo. “O retorno dos avi�es grandes para c� vai prejudicar ainda mais as pessoas do que j� ocorre hoje”, afirma. Entre outros, ele elenca elementos cr�ticos para a libera��o das aeronaves de grande porte: a infraestrutura insuficiente no bairro, os impactos sonoros e o riscos de acidente. “Aquele terminal tem condi��o de receber mais gente?”, questiona Mines. E cr�tica: “Voc� tem computador vai voltar a usar m�quina de escrever?”, questiona, ressaltando ser prefer�vel o di�logo, mas sem descartar o acionamento judicial “se n�o tiver outra sa�da”.
Quest�o t�cnica As cr�ticas s�o refor�adas pelo piloto e perito em preven��o e investiga��o de acidentes aeron�uticos, Carlos Conrado Pinto Coelho. Morador da Pampulha, ele questiona a possibilidade de ampliar o uso do aeroporto de 1 milh�o para 3 milh�es de passageiros por ano – fluxo aproximado do aeroporto antes da transfer�ncia de voos para Confins, sendo o limite operacional atual de 2,2 milh�es de passageiros por ano. “Reuniram administradores de empresa, que s� enxergam dinheiro, para discutir uma quest�o t�cnica”, reclama.
Segundo ele, o terminal tem capacidade baixa para novos voos; n�o h� espa�o para lojas e a seguran�a n�o � plena ao ser feito o desembarque dos passageiros na pista. “At� que a pista tem boa capacidade, mas uma barreira (barragem) impede que ela seja usada por inteiro”, afirma Coelho.