S�o Paulo, 22 - A ag�ncia de classifica��o de risco Fitch afirmou em relat�rio que os mercados emergentes tornam-se uma fonte crescente de risco para o crescimento global, com a forte queda nos pre�os das commodities e choques pol�ticos exacerbando a desacelera��o. Nesse contexto, a perspectiva de que o Federal Reserve, o Fed, banco central norte-americano, eleve a taxa de juros deve gerar mais press�o sobre esses pa�ses. Entre as na��es que enfrentam desafios, a ag�ncia cita o Brasil.
De acordo com a Fitch, os b�nus dos mercados emergentes foram impulsionados na �ltima d�cada pela busca dos investidores internacionais por maiores rendimentos e pela redu��o do n�mero de intermedi�rios para o financiamento nos mercados locais de d�vida. Com isso, est�o mais vulner�veis a uma alta nos juros nos EUA e � revers�o dos fluxos de capital.
Entre os 19 emergentes avaliados, a Fitch diz que os emissores da Turquia s�o os mais expostos em todos os principais setores, ainda que muitos desses riscos estejam em circula��o e que o pa�s tenha superado condi��es desafiadoras no passado. "Os pa�ses latino-americanos, notavelmente o Brasil, tamb�m enfrenta desafios pela frente, por�m mais devido ao enfraquecimento dos fundamentos que pelos altos n�veis de financiamento em d�lar sem hedge."
A Fitch diz que, em geral, houve uma melhora nos fundamentos do cr�dito soberano desses emergentes na �ltima d�cada, com crescentes reservas cambiais em moeda estrangeira, mais pa�ses deixando flutuar o c�mbio, uma maior propor��o de d�vida do governo em moedas locais e com vencimentos mais longos. Por�m, houve rebaixamentos de ratings soberanos dos emergentes em 2015 e o Fed caminha para apertar sua pol�tica no momento em que muitos emergentes desaceleram, com pre�os mais baixos de commodities, desvaloriza��es cambiais e, em alguns casos, um aumento no risco pol�tico, diz a ag�ncia.
Segundo a ag�ncia, alguns bancos de emergentes sem muitas d�vidas em d�lar desejam uma alta nos juros nos EUA, o que pode elevar o lucro deles. Por�m, para a maioria dos bancos qualquer aumento na lucratividade � superado pelos riscos, incluindo a reduzida capacidade de alguns soberanos em apoiar seus bancos, bem como a press�o sobre a qualidade dos ativos e do capital. "Dentro do setor corporativo, companhias alavancadas com d�vida denominada em d�lar, despesas operacionais e despesas de capital s�o as mais expostas - especialmente aquelas sem receita em d�lar e/ou hedge no balan�o", diz a Fitch. Para a ag�ncia, h� bolhas de setores que continuam a inflar e estourar, como em a�o, a��car e etanol e entre pequenas companhias do setor de commodities.