Bras�lia, 26 - As condi��es da ind�stria da constru��o continuam a se deteriorar, de acordo com sondagem do setor divulgada nesta segunda-feira, pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Em uma escala na qual valores abaixo de 50 pontos significam redu��o na produ��o, a queda no n�vel de atividade da constru��o no pa�s ficou mais acentuada, passando de 36,2 pontos em agosto para 35,9 pontos em setembro.
Com isso, o ritmo do setor continua bem abaixo do usual para esse per�odo do ano. Em agosto, o indicador no qual 50 pontos significam a m�dia de produ��o para esse m�s registrou 27,2 pontos. Em setembro, essa correla��o caiu para 27,1 pontos.
Por outro lado, a Utiliza��o da Capacidade Operacional (UCO) da ind�stria da constru��o melhorou ligeiramente no m�s passado, passando de 58% para 59%. Ainda assim, o �ndice ainda est� bem inferior ao apurado em setembro do ano passado, quando a UCO no setor era de 67%.
Com um UCO ligeiramente melhor, o ritmo de demiss�es diminuiu. E uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam redu��o nos postos de trabalho do setor, o indicador passou de 34,7 pontos em agosto para 35,2 pontos em setembro. No mesmo m�s do ano passado, o �ndice estava em 43,1 pontos.
Levando em considera��o o terceiro trimestre do ano - julho a setembro - a insatisfa��o do empresariado do setor com a margem de lucro operacional das companhias piorou em rela��o ao trimestre anterior, passando de 32,7 pontos para 31,9 pontos. Da mesma forma, a insatisfa��o com a situa��o financeira passou de 37,2 pontos para 36,1 pontos.
A sondagem mostra ainda que o acesso ao cr�dito continua sendo uma das principais dificuldades enfrentadas pelo setor, cujo indicador piorou de 28,6 pontos entre abril e junho para 25,9 pontos de julho a setembro. Paralelamente, o pre�o dos insumos usados pelo setor seguiu em trajet�ria de alta - acima de 50 pontos -, com pequena redu��o de ritmo, variando de 62 pontos para 61,7 pontos de um trimestre para o outro.
"Os principais problemas enfrentados pela ind�stria no terceiro trimestre foram a elevada carga tribut�ria, a alta taxa de juros e a demanda interna insuficiente. Adicionalmente, os empres�rios do segmento tiveram maior dificuldade de acesso ao cr�dito e os pre�os dos insumos e das mat�rias-primas mantiveram trajet�ria de alta quando comparados com o trimestre anterior. Como consequ�ncia, houve o agravamento da insatisfa��o com a situa��o financeira e com a margem de lucro das empresas", definiu a CNI no documento.
Com um quadro t�o deprimido at� setembro, as expectativas do setor continuaram a se deteriorar em outubro. De acordo com a CNI, o pessimismo dos empres�rios para o n�vel de atividade nos pr�ximos meses piorou de 39,5 pontos para 37,7 pontos, cada vez mais distante da linha divis�ria dos 50 pontos que significaria o in�cio de uma perspectiva otimista para os neg�cios.
A expectativa sobre novos empreendimentos e servi�os tamb�m piorou, de 37,9 pontos para 36,9 pontos em outubro, bem como os planos de contrata��o de novos funcion�rios, cujo indicador passou de 37,3 pontos para 35,7 pontos neste m�s.
J� as estimativas de redu��o de compras de mat�rias-primas ficaram praticamente est�veis, passando de 37,1 pontos para 37,0 pontos, enquanto os planos de novos investimentos apresentam o pior resultado de toda a pesquisa, caindo de 26 pontos para 25,2 pontos neste m�s. "Essa menor propens�o a investir � resultado da fraca atividade, da alta UCO e das expectativas pessimistas", avaliou a CNI no documento.