S�o Paulo, 27 - A infla��o da terceira leitura do m�s na capital paulista, de 0,88% (ante 0,89%), foi pressionada principalmente pelo avan�o dos grupos Alimenta��o e Transportes, avaliou nesta ter�a-feira, 27, o coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), Andr� Chagas.
J� o conjunto de pre�os de Habita��o desacelerou, mas foi insuficiente para permitir uma redu��o de velocidade significativa do indicador, segundo o economista. A tend�ncia, segundo ele, � que os grupos Alimenta��o e Transportes continuem pesando sobre o resultado final do IPC de outubro, cuja previs�o foi revisada hoje de 0,85% para 0,87%.
Al�m da influ�ncia dessas duas classes de despesa, Habita��o tamb�m deve limitar um arrefecimento do IPC fechado do m�s, por causa de novas press�es em servi�os de telefonia e TV a cabo, adiantou Chagas. Em setembro, a infla��o na cidade de S�o Paulo foi de 0,66%.
Na terceira quadrissemana - �ltimos 30 dias terminados na sexta-feira, 23 -, o grupo Alimenta��o acelerou para 1,18%, ap�s 0,98%, e o de Transportes atingiu 1,23%, ante 0,89%, enquanto Habita��o desacelerou para 0,59% na compara��o com 0,87% na segunda medi��o.
"O grupo Habita��o ditou o ritmo da infla��o ao longo do ano, principalmente por causa do encarecimento de energia. Passou a perder f�lego, e pode fechar o m�s em 0,37% (1,38% em setembro). � uma desacelera��o importante. Por outro lado, a alta de 1,18% em Alimenta��o mais do que compensou o resultado em Habita��o", afirmou.
A infla��o em Alimenta��o no IPC da terceira quadrissemana foi motivada especialmente pelas taxas mais elevadas nos subgrupos de industrializados (de 0,71% para 0,93%) e in natura (de 0,21% para 0,96%), afirmou Chagas.
No primeiro caso, o professor citou como exemplo a varia��o de 1,47% dos derivados do leite, de 1,16% dos panificados e de 1,28% em �leo de soja, que seguem refletindo os efeitos da deprecia��o cambial. J� o azeite de oliva, que sente com mais for�a o impacto da desvaloriza��o do c�mbio, ficou 3,47% mais caro (ante 1,95%), disse Chagas.
J� no subgrupo de in natura, a press�o veio, segundo o economista da Fipe, em grande medida da alta de 3,40% registrada em frutas e de 1,95% em legumes. "Os �nicos a ajudar a segurar a alta do grupo s�o ovos, com queda de 2,02%, e os tub�rculos, com recuo de 9,24%, puxados pela defla��o de 25,21% da cebola", avaliou, completando que os semielaborados praticamente ficaram inalterados, em 1,77%, ante 1,79% na segunda leitura do m�s. "Neste caso, carne bovina (0,08%) est� ajudando, apesar das altas em aves (8,60%), frango (8,78%) e carne su�na (6,17%)", considerou.
A expectativa da Fipe � que o grupo Alimenta��o feche outubro com alta de 1,19%, na compara��o com queda de 0,04% em setembro. "� uma varia��o parecida com a da terceira quadrissemana (1,18%), mas pode ser que seja maior. Os industrializados s�o um vetor de alta, assim como os in natura. Em semielaborados, a carne bovina deve continuar contribuindo para limitar um pouco o avan�o", considerou.