Petroleiros lotados na Refinaria Gabriel Passos (Regap) e na Termel�trica Aureliano Chaves, em Betim, aderiram � greve nacional da categoria. Os trabalhadores n�o se apresentaram para a troca de turno �s 23h30 de s�bado. A estimativa do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG) � que a ades�o tenha alcan�ado 95% dos empregados. O movimento pede a suspens�o da venda de ativos da Petrobras e a conclus�o das obras de investimentos em andamento e a preserva��o dos direitos adquiridos pelos trabalhadores.
O diretor do sindicato, Anselmo Braga, afirma que quase a totalidade dos trabalhadores escalados para o plant�o do feriado aderiram � greve, o que corresponde a aproximadamente um ter�o dos trabalhadores da refinaria. Hoje retornam �s atividades o setor administrativo. Apesar da paralisa��o, a produ��o n�o sofreu interfer�ncias em Betim devido � presen�a de equipes de contingenciamento. O fornecimento de combust�vel, feito por dutos, mant�m-se normal. Ele ressalta n�o haver reuni�o marcada com a empresa para discutir o movimento.
Amanh� est� marcada reuni�o dos trabalhadores da Usina de Biocombust�vel Darcy Ribeiro, em Montes Claros, no Norte de Minas, com o sindicato, para discutir a ades�o � greve. Segundo balan�o da Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP), na Bacia de Campos, respons�vel por 80% da produ��o de petr�leo e g�s natural do pa�s, o segundo dia da greve teve ades�o de 35 plataformas, sendo que 22 estavam completamente paralisadas e oito po�os com produ��o reduzida. Uma das reivindica��es dos petroleiros � a conclus�o das obras do Complexo Petroqu�mico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).
Em nota, a Petrobras afirma avaliar os impactos das mobiliza��es dos sindicatos e que equipes de conting�ncia foram acionadas para operar em algumas unidades. “Em alguns locais est�o ocorrendo bloqueios de acessos, corte de rendi��o de turno e ocupa��o”, diz nota da estatal. “A companhia est� tomando todas as medidas necess�rias para manter a produ��o e o abastecimento do mercado, garantindo a seguran�a dos trabalhadores e das instala��es”, completa.
INVESTIMENTOS EM QUEDA Em comunicado publicado em seu site, a Federa��o �nica dos Trabalhadores (FUP) afirma que a greve se d� “por uma causa que � de todos os trabalhadores brasileiros: a luta contra a privatiza��o da Petrobras”. Mais: “O conden�vel esquema de corrup��o, envolvendo ex-diretores e ex-gerentes n�o pode servir de pretexto para privatizar uma empresa, cujos investimentos gerados respondiam, at� h� bem pouco tempo, por 13% do PIB”.
A federa��o diz estar em contato com a estatal e com o governo para discutir os rumos da companhia e afirma que o corte de investimentos pode resultar na perda aproximada de 20 milh�es de empregos at� 2019. O sindicato inclui na lista de reivindica��es a garantia de exclusividade da Petrobras na explora��o do pr�-sal.