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Estado de Minas

Turistas brasileiros cortam gastos em 53%

As despesas menores de viagens ao exterior e a alta do d�lar aliviaram rombo de R$ 53,4 bi de janeiro a outubro


postado em 27/11/2015 06:00 / atualizado em 27/11/2015 08:11

Bras�lia – A melhora da economia nos Estados Unidos levou os brasileiros que vivem no pa�s a aumentar o n�vel de remessas para o Brasil. Dados do Banco Central apontam que os moradores de outras na��es transferiram para suas fam�lias US$ 265 milh�es em outubro, representando aumento de 37% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. De janeiro a outubro, o montante j� ultrapassa U$S 2 bilh�es, uma eleva��o de 18,5% na mesma base de compara��o. Por outro lado, as despesas dos turistas em viagens ao exterior continuam em queda. Os gastos dos viajantes recuaram 52,6% no m�s passado, ante outubro de 2014, e chegaram a pouco mais de US$ 1 bilh�o.

Nos 10 primeiros meses de 2015, os turistas brasileiros desembolsaram US$ 15,1 bilh�es nos passeios a outros pa�ses, cifra que significa recuo de 30,2% na mesma base de compara��o de 2014. O aumento nas transfer�ncias pessoais para o Brasil e a redu��o nos desembolsos de quem faz passeios para outros pa�ses s�o dois motivos que explicam a redu��o significativa no rombo das contas externas.

Com o encarecimento do d�lar e a crise econ�mica, o chamado d�ficit em transa��es correntes chegou a US$ 53,4 bilh�es de janeiro a outubro. A redu��o foi de 35,8% em rela��o ao resultado do mesmo per�odo do ano passado. Esse ajuste tamb�m tem sido favorecido pela redu��o da corrente de com�rcio do pa�s. Como as empresas brasileiras tem importado menos em meio ao p�ssimo momento econ�mico, o super�vit da balan�a comercial, que chegou a R$ 10,7 bilh�es de janeiro a outubro.

Nas contas do BC, o d�ficit deve chegar a US$ 65 bilh�es, mas o chefe-adjunto do Departamento Econ�mico da autoridade monet�ria, Fernando Rocha, explicou que a tend�ncia � de que a autoridade monet�ria revise para baixo essa expectativa. “O BC tradicionalmente revisa suas proje��es trimestralmente e deve fazer isso no m�s que vem, mas acompanhando os resultados correntes, eu diria que os riscos dessa proje��o s�o para baixo”, afirmou.

Rocha ainda destacou que, no momento, a redu��o do d�ficit � positiva para o pa�s. “Nesse momento de ajuste na economia, o setor externo d� uma contribui��o positiva, o que se traduz em menor d�ficit nas transa��es correntes. Isso � verdade tanto para balan�a comercial, quanto para conta de servi�os. Isso ocorre pela queda na atividade econ�mica do pa�s no ano, em decorr�ncia do ajuste. E tamb�m devido � aprecia��o cambial, o que adicionalmente encarece bens e servi�os importados”, ressaltou.

A crise na economia brasileira, no entanto, deixa mais cautelosos os investidores estrangeiros em rela��o os t�tulos de renda fixa. Com o rebaixamento da nota de cr�dito brasileiro e a desacelera��o da atividade, houve uma sa�da de US$ 2,4 bilh�es em outubro nesse tipo de investimento, j� descontado tudo o que foi investido. No mesmo m�s do ano passado, houve uma entrada de US$ 3,5 bilh�es. Rocha comentou que essa volatilidade ocorre desde julho. “Essa volatilidade do investidor estrangeiro no pa�s mostra algum n�vel de incerteza em rela��o � economia dom�stica e acaba oscilando com a conjuntura em mais curto prazo”, afirmou.

PIOR D�FICIT DESDE 1997 A forte queda na arrecada��o de tributos federais levou a mais um d�ficit prim�rio nas contas do Governo Central em outubro, conforme dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. No m�s passado, as contas, que re�nem dados do Tesouro, Previd�ncia Social e Banco Central, foram negativas em R$ 12,279 bilh�es, o pior resultado desde 1997, quando come�oua s�rie hist�rica. O resultado equivale a um d�ficit de 0,69% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto da produ��o de bens e servi�os do pa�s).


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