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Estado de Minas

Taxa Selic est� no atual patamar para trazer infla��o para baixo, diz Tombini


postado em 15/12/2015 16:14

A taxa b�sica de juros (Selic) est� no patamar de 14,25% ao ano para trazer para baixo a infla��o, que est� na faixa de 10% este ano, afirmou hoje, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado.

Tombini disse que n�o se pode fazer pol�tica monet�ria (defini��o da Selic) por analogia. “O fato de outros pa�ses terem taxas diferentes n�o credencia o Brasil a usar taxas de juros de outros pa�ses.” disse. O presidente do BC enfatizou que reduzir taxas de juros e liberar dep�sitos compuls�rios (dinheiro que os bancos s�o obrigados a deixar depositado no BC) n�o s�o medidas para o momento.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a infla��o � a taxa Selic. O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), formado por diretores e presidente do BC, elevou a taxa sete vezes consecutivas. Nas reuni�es do comit� em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.


A taxa � usada nas negocia��es de t�tulos p�blicos no Sistema Especial de Liquida��o e Cust�dia (Selic) e serve como refer�ncia para as demais taxas de juros da economia. Ao reajust�-la para cima, o BC cont�m o excesso de demanda que pressiona os pre�os, porque os juros mais altos encarecem o cr�dito e estimulam a poupan�a.

Na audi�ncia, Tombini disse que o aumento de juros n�o compensa efeito da alta de custos gerada pela deprecia��o do real e pela alta dos pre�os administrados, mas tem o objetivo de evitar que a infla��o se propague nos pr�ximos anos. “O repasse cambial existe, apesar de ter-se reduzido ao longo do tempo. A pol�tica � de conten��o de efeitos de segundo ordem”, afirmou.

Segundo Tombini, as incertezas relacionadas �s contas p�blicas fizeram com que esse processo de aumento de custos se intensificasse. “Isso afetou as proje��es de infla��o do mercado e do Banco Central.”

No final de outubro, o BC informou que havia abandonado a expectativa de atingir o centro da meta de infla��o (4,5%), em 2016. O BC passou a informar que esperava atingir esse objetivo em 2017 e que faria o necess�rio para que a infla��o ficasse o mais pr�ximo poss�vel de 4,5%, em 2016.

Hoje, na audi�ncia no Senado, diferentemente do discurso feito no �ltimo dia 10, em que assegurava que o BC levaria a infla��o o mais pr�ximo poss�vel do centro da meta (4,5%) em 2016, Tombini disse que a alta dos pre�os no pr�ximo ano ficar� dentro do limite (6,5%).

Tombini ressaltou ainda que o Banco Central n�o tem como objetivo estabilizar a rela��o entre d�vida p�blica e o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e servi�os produzidos no pa�s). Ele enfatizou que o BC tem como miss�o levar a infla��o � meta.

Alta do d�lar

Durante a audi�ncia, Tombini tamb�m defendeu a atua��o do BC no mercado de c�mbio para evitar mudan�as bruscas e garantir estabilidade financeira. O senador Jos� Serra (PSDB-SP) disse, por�m, que a estrat�gia do BC tem o objetivo de definir a taxa de c�mbio. “N�o � para segurar o c�mbio. Tanto que a deprecia��o do real este ano foi de 30%. O c�mbio � flutuante”, rebateu Tombini.

O presidente do BC acrescentou que, apesar dos custos, o pa�s acumulou reservas internacionais para criar um “colch�o de prote��o”. “O que fizemos ao longo do tempo foi criar um colch�o de prote��o para n�o ficar o Brasil, a maior economia emergente, � merc� das vicissitudes do mercado financeiro internacional.”

Tombini afirmou tamb�m que a alta do d�lar este ano j� prepara a economia para uma eventual decis�o do Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, de elevar os juros. Ele acrescentou que o BC est� avaliando “no detalhe” a repercuss�o da decis�o do Fed no mercado, que n�o v� aumento de juros desde 2006. A decis�o do Fed sobre a taxa de juros ser� anunciada amanh� (16).

Cr�ticas a diretor do BC

Sem citar nomes, Serra criticou um integrante da diretoria do BC que, segundo ele, “sofre de muita tagarelice e exibicionismo”. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou nominalmente o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, que em julho “antecipou” o voto na reuni�o do Copom, ao dizer, durante evento em S�o Paulo, que se houvesse aumento da infla��o, o BC aumentaria juros. Devido �s repercuss�es de sua fala, Volpon decidiu n�o participar da reuni�o do Copom naquele m�s. Na audi�ncia, Tombini disse que n�o responde por ningu�m individualmente, mas pela institui��o.


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