S�o Paulo, 25 - Em meio ao processo de digitaliza��o do conte�do, os grupos de educa��o tem de pensar em um novo formato das salas de aula. Em vez de inibir o uso do celular pelos alunos, as novas salas s�o desenhadas para estimular o uso de dispositivos m�veis para acessar plataformas digitais de ensino. O ambiente tamb�m deve ser mais "amig�vel" para receber trabalhos em equipe e, em algumas ocasi�es, estimular o aluno a ser mais ativo no processo de ensino.
A inspira��o para a nova sala de aula vem de ambientes como os escrit�rios das empresas de tecnologia e das cafeterias Starbucks, afirma o arquiteto Kiko Sobrino, que desenvolve projetos para escolas h� cerca de tr�s anos. "O aluno j� � digital, mas a sala de aula ainda � um ambiente anal�gico. Ela precisa de uma evolu��o", diz.
Sobrino projetou uma sala de aula para o grupo Santillana, que oferecer� �s escolas uma op��o para adaptar seus ambientes. A regra � ter um ambiente conectado, com mesas compartilhadas, centrais de carregadores e QR codes para divulgar a tabela peri�dica, por exemplo.
Renova��o
Para acessar conte�dos online na sala de aula, a Est�cio repensou o antigo "datashow". A empresa pesquisou no mercado aparelhos que pudessem se adaptar � sala de aula, mas, na falta de um produto adequado, desenvolveu sua pr�pria solu��o. A Est�cio criou o "telion", uma esp�cie de TV equipada com processador da Intel. No telion, o professor pode escrever na pr�pria tela, acessar um conte�do no sistema de ensino da universidade, marcar o texto digital e receber d�vidas de alunos. "N�o temos a pretens�o de inventar a roda. Mas tivemos de criar nossa pr�pria solu��o porque o que encontramos no mercado n�o era vi�vel. Ou era muito caro e n�o dava para usar em grande escala ou era uma solu��o muito dif�cil de ser usada pelos professores", afirma a diretora de inova��o da Est�cio, Lind�lia Reis.
Desde que construiu o prot�tipo, a Est�cio j� produziu 100 unidades do telion na f�brica da Samsung. Para este ano, a meta � colocar o aparelho em 4 mil salas de aula. A empresa � dona de uma patente internacional do produto e avalia licenciar o eletr�nico para outras escolas interessadas.
M�o na massa
Al�m de adapta��es para receber a tecnologia, as salas s�o reformadas para estimular o aluno a ser mais ativo no processo de ensino.
Para isso, o grupo Anima pretende construir laborat�rios "maker" nas suas universidades. S�o espa�os onde os alunos podem fazer prot�tipos de suas ideias. O primeiro deles foi inaugurado no ano passado na Unimonte, em Santos (SP), e mais dois ser�o criados neste semestre - na UniBH e na Una, ambas em Minas Gerais. Al�m dos laborat�rios, a Anima pretende construir 50 salas de aulas inovadoras neste ano, com puffs, mesas em tri�ngulo e outras adapta��es para facilitar o trabalho em grupos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.