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Estado de Minas

Confian�a no pa�s melhora e pode indicar que o pior da crise ficou para tr�s


postado em 11/02/2016 09:19 / atualizado em 11/02/2016 09:25

S�o Paulo - Cinco de seis indicadores que medem a confian�a e as expectativas em diferentes setores da economia voltaram a crescer em janeiro em rela��o ao final do ano passado. Economistas dizem que � cedo para falar em recupera��o porque o cen�rio econ�mico ainda � ruim e os indicadores est�o em um patamar muito baixo. Mas o fato de a confian�a interromper a trajet�ria de queda em v�rios setores e voltar a crescer pode ser uma primeira pista de que o pior da crise pode ter ficado para tr�s, especialmente no caso da ind�stria.

No m�s passado, o �ndice de confian�a dos empres�rios da ind�stria, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), atingiu 78 pontos e avan�ou 2,6% em rela��o a dezembro, descontadas as varia��es que sempre ocorrem nesse per�odo. Nas mesmas bases de compara��o, movimentos semelhantes de alta de dezembro para janeiro de outros indicadores de confian�a da FGV foram registrados nos servi�os (2,8%), no com�rcio (6,4%), no consumidor (2,5%) e no emprego (5,4%). S� o setor de constru��o civil destoa: a confian�a recuou 0,7 ponto de dezembro para janeiro.

"H� uma boa chance que tenhamos atingido o piso desses indicadores no final do ano passado, mas acredito que vamos ter que esperar um pouco mais para confirmar se houve uma virada", afirma o superintendente adjunto de Ciclos Econ�micos da FGV, Aloisio Campelo.

D�vidas sobre a rea��o


O economista da Tend�ncias Consultoria, Rafael Bacciotti, diz que � cedo para acreditar em revers�o sustent�vel. "O cen�rio econ�mico � bastante adverso: estamos no meio de um ajuste do emprego e da renda, convivendo com infla��o elevada e contra��o do cr�dito."

Para Francisco Pessoa, economista da LCA Consultores, os �ndices de confian�a podem ter parado de cair n�o porque a situa��o da economia tenha melhorado, mas porque a atividade est� t�o ruim que os agentes acreditam que n�o possa piorar mais. "Neste ano ainda vejo queda na atividade, mas num ritmo menor do que no ano passado."

Para Campelo, houve uma esp�cie de "aterrissagem" dos indicadores de confian�a no final de 2015 e na ind�stria j� � poss�vel notar uma melhora. Em janeiro, a confian�a dos empres�rios da ind�stria teve a segunda alta seguida. O indicador subiu em 12 de 19 segmentos na compara��o com dezembro.

"A confian�a dos empres�rios da ind�stria parou de cair desde agosto", diz Campelo. Isso porque o setor, baseado na forte contra��o da produ��o, conseguiu ajustar o estoque ao tamanho menor do mercado.

Bacciotti concorda com Campelo e diz que o cen�rio � mais favor�vel para a ind�stria porque, al�m do ajuste de estoques, o setor � beneficiado pelo c�mbio depreciado, que amplia a competitividade das exporta��es, e pelo arrefecimento dos custos salariais que ocorrem por causa da recess�o.

No caso da confian�a do consumidor, Campelo tamb�m v� fatores objetivos para que o �ndice tenha parado de cair. Ele lembra que o consumo das fam�lias despencou no ano passado, as pessoas ficaram mais cautelosas, reduziram as compras e fizeram um ajuste. "Os or�amentos dom�sticos continuam apertados, mas, daqui para a frente, as taxas come�am cair de forma menos intensa, pois a base de compara��o � fraca", argumenta.

O economista lembra que esse movimento provocado pela base fraca de compara��o � esperado nos ciclos da economia. O dif�cil � saber se ele veio para ficar.

Zigue-zague

Um ponto levantado pelo superintendente da FGV � a sustentabilidade dessa poss�vel recupera��o. "Fiz um exerc�cio com 37 pa�ses e constatei que quanto mais longa a fase de queda da confian�a, mais tempo demora para a economia se recuperar."

Isso significa que em recess�es longas, como a atual, a recupera��o � mais vol�til. Isto �, pode ter in�cio uma fase de recupera��o que depois � interrompida. Como os economistas gostam de ilustrar, seria uma recupera��o afetada por turbul�ncias, no formato da letra W.

Enquanto n�o se sabe ao certo se, de fato, o avan�o da maioria dos �ndices de confian�a � um sinal de recupera��o, no caso da constru��o civil, essa hip�tese est� descartada. Em janeiro a confian�a do setor atingiu o menor n�vel da s�rie iniciada em julho de 2010.

Al�m de o ciclo da constru��o ser mais longo comparado aos demais, hoje h� incertezas que afetam o setor tanto no segmento imobili�rio como no de infraestrutura. Al�m disso, as turbul�ncias por causa das investiga��es da Lava Jato ajudam a piorar o cen�rio.


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