Come�ou �s 16h10 desta ter�a-feira, 1, a reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) que deve deixar a taxa b�sica de juros inalterada em 14,25% ao ano pela quinta vez consecutiva. Sem expectativas de surpresas, as aten��es se voltam para o teor do comunicado que se seguir� � decis�o e ao placar da vota��o na quarta-feira, 2 - nas duas �ltimas reuni�es houve divis�o de 6 a 2.
O principal motivo que mant�m os diretores dissidentes (Sidnei Marques e Tony Volpon) na ponta mais hawkish � a alta das expectativas, que vem sendo crescente desde o in�cio do ano. Na segunda-feira, 29, no entanto, o Relat�rio de Mercado Focus trouxe um pequeno al�vio dessas proje��es. A nova taxa prevista para o IPCA de janeiro (7,57%) segue bem acima do teto da meta, de 6,50%, e ainda n�o se sabe se esta redu��o ser� uma tend�ncia para as pr�ximas divulga��es do indicador. A d�vida que paira agora � se esse respiro ser� suficiente para fazer com que eles cedam de suas posi��es e engrossem a vota��o majorit�ria ou se ainda v�o aguardar novos indicadores.
O cen�rio internacional, por sua vez, segue nebuloso. Se o minicavalo de pau que antecedeu o Copom de janeiro teve como ponto de partida uma viagem que Alexandre Tombini fez � Su��a, desta vez, o Copom come�a com o presidente do BC rec�m-chegado da China. Volpon esteve no mesmo evento. O principal ponto da reuni�o passada foi o da suspeita de que o Brasil poder� receber uma onda desinflacion�ria oriunda da fragilidade econ�mica mundial.
Apesar disso, an�lises paralelas sugeriam que possa ter ocorrido uma inger�ncia pol�tica do Planalto sobre o BC, que vinha sinalizando pela alta dos juros at� ent�o. Mais tarde, a avalia��o de que o mundo est� realmente em crise come�ou a chegar no mercado financeiro e institui��es de peso come�aram a revisar para baixo suas estimativas para a Selic. Muitas delas chegaram a prever queda da taxa b�sica de juros ainda este ano.
Numa resposta orquestrada do BC para esse movimento, h� duas semanas, o presidente e dois diretores vieram falar - alguns de forma mais clara - que o cen�rio do BC n�o contempla queda dos juros para levar a infla��o ao centro da meta no ano que vem. O principal ponto foi justamente a alta das expectativas inflacion�rias, que n�o autorizaria um movimento nesse sentido.