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Estado de Minas CUSTO DE VIDA

Infla��o perde f�lego, mas pre�os altos ainda assustam o consumidor

IPCA de fevereiro teve alta de 0,9%, ante 1,27% registrado em janeiro, com al�vio nas despesas relativas a transporte e alimentos. Na Grande BH, pre�os subiram 0,99%


postado em 10/03/2016 06:00 / atualizado em 10/03/2016 07:22

Reajustes da comida diminuíram pela metade, no entanto, itens como farinha de mandioca, cenoura e tomate seguem pressionando o bolso do consumidor(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Reajustes da comida diminu�ram pela metade, no entanto, itens como farinha de mandioca, cenoura e tomate seguem pressionando o bolso do consumidor (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)

A infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro com alta de 0,9%, o que representa desacelera��o frente ao aumento de 1,27% registrado em janeiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), no acumulado dos �ltimos 12 meses a infla��o ficou em 10,36%. Apesar do ritmo menor registrado no m�s passado, o �ndice permanece em patamar elevado e distante do centro do sistema de metas fixado pelo governo, de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Na Grande Belo Horizonte, a infla��o oficial recuou da varia��o de 1,19% em janeiro para 0,99 em fevereiro. No segundo m�s do ano, o IPCA sofreu fortemente a influ�ncia do comportamento de dois tipos de despesas, a educa��o e os alimentos. Enquanto a alta nos gastos relativos � educa��o subiu de 0,31% em janeiro para 5,9% no m�s seguinte – reflexo do per�odo de in�cio das aulas – o avan�o nos pre�os da comida caiu pela metade, passando de uma alta de 2,28% para 1,06%.

Assim como os alimentos, tamb�m desacelerou a varia��o de pre�os de transportes (de 1,77% para 0,62%), puxada pelas passagens a�reas. Por outro lado, subiram os pre�os das passagens de �nibus urbanos (2,61%), �nibus intermunicipais (2,17%), do etanol (4,22%) e da gasolina (0,55%). “Foi um recuo bastante significativo, ainda mais se observarmos que fevereiro � o m�s em que � apropriado o reajuste das mensalidades da educa��o”, ponderou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de �ndices de Pre�os do IBGE. “Mas n�o significa que os pre�os ca�ram. O n�vel de reajustes nos pre�os continua alto”, ressaltou.

O setor com maior recuo entre janeiro e fevereiro foi o de habita��o, que passou de 0,81% para -0,15%. O IBGE avaliou que a queda est� ligada � redu��o nas tarifas de energia el�trica.Segundo a coordenadora do IBGE, a queda dos pre�os das passagens a�reas ocorreu por causa da baixa demanda, o que, junto � energia el�trica, resultou numa contribui��o de 0,17% para o �ndice de fevereiro.

“Empresas a�reas tentaram negociar de alguma forma e colocar a quest�o de grande redu��o do consumo, junto � press�o menor da energia. As contas de luz tiveram queda de 2,16% em fevereiro, considerando-se a taxa cobrada na bandeira tarif�ria vermelha, que passou de R$4,50 para R$3 em cada 100 quilowatts consumidos”, explica Eulina.

Segundo an�lise da coordenadora, apesar de a infla��o continuar distante da meta, os n�meros de fevereiro foram positivos. Na contram�o da desacelera��o, ganharam for�a os pre�os da sa�de e cuidados pessoais, passando de uma evolu��o de 0,81% para 0,94%. Houve, tamb�m, aumentos no setor de comunica��o (de 0,22% para 0,66%), de artigos de resid�ncia (de 0,45% para 1,01%) e de vestu�rio (de -0,24% para 0,24%|). Apesar de haver mais grupos que registraram acelera��o em vez de desacelera��o, o IPCA n�o seguiu a tend�ncia de alta porque o peso dessas despesas no c�lculo do �ndice � pequeno.

NOVAS EXPECTATIVAS Para 2016, a expectativa dos analistas de bancos e corretoras � de que o IPCA encerre o ano em 7,59%. Caso as proje��es se concretizem, o percentual ficar� abaixo do registrado no �ltimo ano, mas permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e permanecer� bem distante do objetivo central fixado pela equipe econ�mica do governo federal.

Para M�rcio Milan, analista da consultoria Tend�ncias, houve uma desacelera��o em rela��o � pr�via da infla��o, medida pelo IPCA-15. “E a tend�ncia � desacelerar mais. O item educa��o deve sair da conta, porque � concentrado em fevereiro. Isso significa que em mar�o n�o vir� com essa for�a toda”, afirmou.

Embora com menos for�a, os pre�os dos alimentos continuaram subindo, com destaque para a cenoura, com alta de 23,79%, e da farinha de mandioca (11,40%). Entre os produtos com pre�os em queda, est�o o antes vil�o da infla��o tomate, com recuo de 12,63%, e a batata-inglesa (-5,70%). No ano, o custo de vida est� em 2,18%, inferior aos 2,48% acumulados em igual per�odo de 2015. Nos �ltimos 12 meses, os 10,36% acumulados ficaram abaixo dos 10,71% do per�odo anterior.

Para o economista da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) Fabio Bentes, a alta nos pre�os de produtos aliment�cios � resiliente. “A infla��o do item alimenta��o e bebidas tem sido persistente e se mant�m acima de 1% ao m�s desde novembro de 2015”, ressaltou. Ele observou, que, pelo lado positivo, os pre�os administrados, que pressionaram a carestia entre 15% e 18% no ano passado, tiveram a menor varia��o em seis meses em fevereiro, de 0,39%.


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