S�o Paulo - Importantes ativos da Petrobras s�o alvo de conglomerados brasileiros e estrangeiros. O Ultra, dono da Ipiranga (rede de postos), Ultragaz (g�s de cozinha), Ultracargo (log�stica), Extrafarma (farm�cias) e Oxiteno (qu�micos), tem interesse por uma das joias da coroa da estatal, a BR Distribuidora, l�der em distribui��o de combust�veis no pa�s. Esse mesmo ativo est� na mira da canadense Brookfield. A divis�o de g�s de cozinha da petroleira, a Liquig�s, tamb�m tem sido cobi�ada por concorrentes, incluindo o pr�prio Ultra e a Copagaz, de Ueze Zahran, quarta maior deste setor.
No ano passado, o presidente do conselho de administra��o do Ultra, Paulo Cunha, afirmou � reportagem que teria interesse em parte da BR Distribuidora, desde que a companhia pudesse ser fatiada. E esse interesse permanece. Inicialmente, a estrat�gia da Petrobras era abrir o capital da BR Distribuidora, mas os planos foram abortados por conta da situa��o ruim para o mercado de capitais. A estatal, ent�o, cogitou encontrar um investidor minorit�rio. No caso da Liquig�s, de botij�o de g�s, a petroleira n�o colocou oficialmente o ativo � venda, mas ele j� tem atra�do interessados.
Fatia
Mannhardt reafirma a posi��o de que a BR Distribuidora faria sentido para o Ultra se as redes de postos de combust�veis da estatal nas regi�es Norte e Nordeste fossem colocadas � venda separadamente. "Ter 100% do capital de parte de um neg�cio faz mais sentido para o grupo do que ser um acionista minorit�rio”, afirmou.
Considerada uma das empresas mais "redondas” pelo mercado, por estar em setores pouco sujeitos a oscila��es da macroeconomia, o Ultra tornou-se comprador preferencial de importantes neg�cios colocados � venda no Pa�s. Por ter uma boa estrutura de caixa em um momento mais cr�tico da economia, muitos bancos t�m batido � porta do conglomerado para oferecer ativos.
A empresa de botij�o de g�s da Petrobras tamb�m est� no radar de Ueze Zahran, dono da Copagaz. Por�m, segundo o empres�rio, a compra seria feita com um pool de outros concorrentes menores que atuam nesse segmento. Ele afirmou que n�o h� negocia��es em andamento. Para o Ultra, a Liquig�s seria um ativo estrat�gico, porque colocaria o conglomerado na lideran�a do segmento. Mannhardt n�o informou se h� conversas entre os grupos. O Ultra tamb�m n�o descarta aquisi��es no varejo farmac�utico - a Big Ben, uma das bandeiras da BR Pharma, do BTG, � um dos ativos � venda. O executivo n�o comenta.
J� para a Brookfield, todos os neg�cios da BR Distribuidora podem ser alvo, assim como a parte da estatal na Braskem. "Se pudesse elencar as prioridades da Brookfield, diria que a Abengoa � a primeira, a BR e Braskem viriam em seguida”, disse uma fonte pr�xima � empresa. A gestora n�o comenta o assunto.
Procurada pela reportagem, a Petrobras informou que a "carteira de desinvestimento � din�mica e o desenvolvimento das transa��es depender� das condi��es negociais e de mercado, podendo sofrer altera��es em fun��o do ambiente externo e da an�lise cont�nua dos neg�cios da companhia”. Ainda segundo a nota, a estatal informou que "fatos julgados relevantes sobre o tema ser�o divulgados ao mercado”.